Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Murilo Elder Ferreira Costa
Autores:
- Denise de Fátima Ferreira Cardoso
- Nicole de Oliveira Araujo
- Luana Cavalcante Cardoso Caetano
- Adrianne de Cassia Monteiro da Rocha
- Alzinei Simor
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As lesões por pressão (LP) podem ser conceituadas como soluções de continuidade oriundas de exposição prolongada a pressões, ocasionando necrose celular/tecidual, e prejuízo na circulação total. O tratamento convencional se dá através da atuação do profissional enfermeiro no manejo e utilização de coberturas e soluções específicas para fomentar a renovação tecidual e cicatrização. Contudo, evidências atuais indicam que a terapia a laser de baixa intensidade pode promover efeitos benéficos para o tratamento de LP, ao estimular a microcirculação e induzir efeitos anti-inflamatórios locais, uma vez que, seu mecanismo de ação consiste em promover um estímulo positivo na cadeia de elétrons presente na membrana das mitocôndrias, aumentando a síntese de ATP e atividade celular. Objetivos: Verificar a efetividade clínica da terapia com laser de baixa potência em pacientes que possuem lesões por pressão. Metodologia: O desenvolvimento do estudo guiou-se pela estratégia PICO, para nortear uma busca nas bases de dados PubMed, Web of Science, BVS (MEDLINE e Lilacs) e na plataforma Scielo, filtrando artigos publicados entre os anos de 2017 a 2022, nos idiomas português e inglês. Resultados: As 38 publicações encontradas foram inseridas no aplicativo Rayyan®, removidas as duplicatas e posteriormente filtradas quanto ao ano e conteúdo presente no título e resumo, totalizando 8 artigos ao final da pesquisa. A utilização da laserterapia se mostrou como catalisador do processo de cicatrização quando em conjunto com curativo secundário e ajustado com comprimento de onda de 658 nm em comparação ao grupo controle, reduzindo a lesão em 71% em um mês de aplicação. Outrossim, a laserterapia foi capaz de reduzir drasticamente a quantidade de interleucinas 2 e 6 no mesmo dia de aplicação (p=0,008), bem como os níveis de TNF-? em aproximadamente 75% (p=0,025), ambos os resultados referem-se também ao comprimento de onda de 658 nm. Ao aplicar a laserterapia em LPs infectadas por bactérias, foi possível estimular a cicatrização em menor tempo quando comparada às LPs não irradiadas (p<0,001), além de retardar a formação de biofilme. Conclusão: Constatou-se o aumento das evidências a favor da terapia com laser de baixa potência referentes ao estímulo à cicatrização, renovação tecidual e redução do tempo de tratamento, principalmente quando associado a um comprimento de onda de 658 nm. Ressalta-se a necessidade de mais estudos clínicos referentes à temática.