Introdução: Os exorbitantes números referentes ao câncer de colo uterino na região amazônica evidenciam a alta prevalência do papilomavírus humano (HPV), patógeno causador de tal distúrbio, entre a população. O pré-diagnostico de qualquer enfermidade garante altas taxas de tratamento e recuperação sem efeitos adversos. No entanto, ao que tange o HPV, o estudo oncótico preventivo de Papanicolau perdura com estigmas psicossociais os quais reduzem a procura e realização de tal exame. Objetivo: Identificar em publicações científicas fatores dificultosos à adesão ao preventivo de colo uterino no município de Coari. Metodologia: Revisão de literatura de caráter qualitativo, delimitada a publicações dos últimos dez anos sobre a localidade referida, abrangendo um total de oito produções científicas, em sua maioria, dissertações, obtidos pela utilização do SciElo, PubMed e Google Acadêmico como bancos de dados, os resultados obtidos originam-se do comparativo dos dados coletados pelos autores das referidas publicações, além da organização destes. Resultado: As obras analisadas permitiram a divisão do tema em dois grupos, em indivíduos que residem na zona rural dentro das delimitações territoriais do município e em indivíduos que residem na cidade. No primeiro grupo, esses fatores estão relacionados a empecilhos geográficos e desconhecimento sobre o tema: os empecilhos geográficos são referentes àquelas que residem em lugares no qual o sistema de saúde não alcança, ou ainda, onde a locomoção à unidade mais próxima é demorada e visto como desnecessária; o desconhecimento sobre o HPV e da importância do pré-diagnostico também afeta esse público, vindo a recorrer aos sistemas de saúde somente nos momentos de urgência. No segundo grupo há o predomínio dos fatores psicológicos, como o medo do diagnóstico ou da execução do procedimento, mas principalmente do constrangimento em realizar um exame tão expositivo, além do fator econômico, refletido na incompatibilidade de seu tempo livre ao de funcionamento da UBS. Conclusão: Os fatores apresentados põem em risco a vida e saúde de pacientes mediante os riscos que o desenvolvimento do HPV pode gerar, em sua maioria, oriundo de aspectos externos e incontroláveis, como a desinformação, distância e disponibilidade de tempo; e internos, resultante de falhas na forma de atendimento e acolhimento da paciente. Implicações para enfermagem: A enfermagem na Amazônia possui papel impar na prevenção e controle do HPV na região.