Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL DO ÓBITO MATERNO NO BRASIL NAS ULTIMAS DÉCADAS (2000/2020)
Relatoria:
EVERTON NOGUEIRA DE SOUZA
Autores:
- Verineida Sousa Lima
- Verilanda Sousa Lima
- Herton Lima Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: No Brasil a redução da mortalidade materna é o foco das políticas de saúde, assim em 2000 surge o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento que traz as primeiras ações relacionadas e depois é direcionado ao que conhecemos hoje a Rede Cegonha. OBJETIVO: Avaliar a taxa de mortalidade materna no Brasil nas últimas duas décadas. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo descritiva com abordagem quantitativa, realizada na plataforma digital TABNET no mês de maio a julho de 2022, utilizando como variáveis para a coleta de dados: estatísticas vitais, óbitos de mulheres em idade fértil e mortalidade materna. RESULTADOS: Em relação aos óbitos maternos, tem-se que nas últimas duas décadas um total de 37.530 óbitos, sendo 37.182 mortalidade materna e 2.348 de mortalidade materna tardia, mostrando que a ocorrência desses óbitos acontece no período do fim gestacional ou parto. Analisando a taxa de mortalidade materna e fazendo um recorte de alguns momentos, observa-se que em 2000 essa taxa correspondia a 53,32 óbitos maternos para cada mil nascidos vivos, em 2009 apresentou um aumento para 67,29 depois houve redução e volta a aumentar em 2020 fechando com 78,3, o que pode ser reflexo também do período pandêmico da Covid19. Distribuindo esses óbitos por região, observa-se que o norte vem ao longo dos anos apresentando um aumento na taxa, já a região Sul reduzindo. Ao longo desses anos essa mortalidade materna evidenciou a condição de outras afecções obstétricas que acaba sendo subjetivo por que envolvem CID direcionado a outras infecções, doenças relacionadas a mãe, etc e como segunda causa a hipertensão na gravidez. Sobre o processo de investigação do óbito tem-se que em 2008 teve início um avanço significativo no processo de investigação com ficha síntese informada e uma redução ainda maior dos óbitos sem investigação ou sem ficha síntese. CONCLUSÃO: Observa-se que há um aumento na taxa de mortalidade materna no último ano, ou seja, 2020, sendo a região Norte com alto índice de mortalidade materna e a região Sul a de menor índice. Outra identificação se relaciona a investigação destes óbitos pela ficha síntese, que apesar de ter aumentado ainda há situações de não realização da investigação, apontando a necessidade de qualificar os profissionais em especial enfermeiros para a realização desta investigação mais aprofundada, possibilitando com os resultados subsídios para elaborar estratégias a fim de reduzir estes números.