INTRODUÇÃO: O trabalho de parto é uma experiência pessoal para cada mulher. E muitas mulheres são submetidas à várias intervenções, dentre elas, a restrição alimentar durante todo o trabalho de parto. A ingestão nutricional durante o trabalho de parto é necessária para sustentar o que é, sem dúvida, um evento bastante exigente fisicamente. A ingestão oral também pode ser uma forma de conforto, controle ou normalidade que uma mulher pode precisar para enfrentar o processo de parir com satisfação. OBJETIVO: Avaliar a influência da dieta ofertada durante o trabalho de parto e a ocorrência de lipotimia no pós-parto imediato. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e prospectivo em uma maternidade de Fortaleza, com 53 puérperas de parto vaginal. Os dados foram coletados entre setembro e outubro de 2019, por meio de uma entrevista e aplicação de um questionário. RESULTADOS: A amostra foi composta por 53 mulheres entre 14 e 44 anos, com ensino médio completo 23 (43,4%), a maioria possuía companheiro 35 (66%), procedentes da capital e região metropolitana 39 (73,6%), renda de até um salário-mínimo 34 (64,1%). Sendo 23 (43,4%) primigestas, gestação a termo, média de 8 ou mais consultas de pré-natal 25 (47,3%) e, prevalência de gestações sem intercorrências 27 (51%). Do total 27 (84%) tiveram dieta líquida sob livre demanda, 19 (36%) apresentara lipotimia no pós-parto imediato, sendo realizadas conduta de repouso 17 (85%) e/ou hidratação 03 (15%). CONCLUSÃO: A dieta ofertada às mulheres durante o trabalho de parto teve influência positiva, caracterizando um maior número de mulheres sem ocorrência de lipotimia. Mais estudos deverão ser desenvolvidos com o objetivo de melhorar a dieta ofertada às parturientes, com vistas a minimizar os casos de tontura e/ou desmaio e, assim estarem dispostas após o parto para suprir as necessidades do recém-nascido.