INTRODUÇÃO: Com a pandemia de COVID-19, a educação sofreu inúmeros e intensos desafios, implicando em transformações nas formas de ensinar e aprender. OBJETIVO: Relatar a experiência de doutorandas na realização do estágio à docência, em tempos de pandemia. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de doutorandas de um Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, sobre o estágio à docência, realizado nos anos 2020 e 2021, junto a estudantes da graduação em Enfermagem. RESULTADOS: Diante do isolamento social imposto pela pandemia e as modificações no processo de ensino e aprendizagem, as doutorandas buscaram se qualificar quanto ao uso de Tecnologias da Informação e Comunicação e ao planejamento de aulas com metodologias ativas e inovadoras, viabilizado por meio da disciplina Metodologia do Ensino de Enfermagem, ofertada em período concomitante ao estágio, o que ofereceu suporte aos desafios impostos pelas circunstâncias do período vivenciado. As aulas ocorreram de forma remota, por meio das plataformas digitais Google Classroom e Google Meet. Foram realizadas aulas expositivas-dialogadas, associadas a metodologias ativas, de forma a considerar as particularidades dos estudantes, viabilizando uma maior participação nas aulas. Os alunos, em sua maioria, permaneciam com as câmeras desligadas durante toda a aula e eram pouco participativos. Porém, ao utilizar algumas estratégias, como aprendizagem baseada em jogos, aprendizagem baseada em problemas e discussão de casos, os estudantes mostraram-se mais participativos e estimulados. CONCLUSÃO: Durante esse processo, muitos desafios foram enfrentados e superados, o que possibilitou às doutorandas agregar competências necessárias ao professor universitário, sobretudo em períodos de crise. As doutorandas precisaram se adaptar ao novo ensino remoto de forma dupla, como estudantes e como professoras. Nesse sentido, o estágio à docência proporcionou uma visão mais madura e experiências significativas, enfatizando a necessidade de o professor estar preparado para imprevistos e de se (re) adaptar, sempre que necessário; além da importância de realizar o planejamento do processo ensino-aprendizagem de acordo com o perfil dos alunos. Possibilitou, ainda, perceber que a interação presencial é um fator importante no ensino na saúde, sobretudo na enfermagem.