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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
TECNOLOGIA SOBRE HABILIDADES NÃO TÉCNICAS EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA REALIZADO POR ADOLESCENTE COM DEFICIÊNCIA
Relatoria:
PHELLYPE KAYYAÃ DA LUZ
Autores:
  • RAYLANE DA SILVA MACHADO
  • ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: Todo cidadão do mundo pode ajudar a salvar uma vítima de Parada Cardíaca Extra-Hospitalar (PCREH). Entretanto, aspectos étnicos, raciais, políticos, culturais, educacionais e socioeconômicos formam barreiras às possibilidades de receber treinamento. A perda parcial ou completa da função motora de pessoas com paraplegia, inviabilizaria, em tese, por parte dessas pessoas, a prestação de Suporte Básico de Vida (SBV) para atendimento à uma PCREH. Por falta de conhecimento e até mesmo por capacitismo, quando se pensa na prestação de atendimento à uma parada cardíaca, imaginam-se somente habilidades técnicas/motoras como compressões torácicas, ventilação pulmonar. Nesse sentido, mesmo sendo possuidores de Habilidades Não Técnicas, pessoas com paraplegia deixam de receber treinamento em Suporte Básico de Vida. Objetivo: Apresentar tecnologia educacional do tipo História em Quadrinhos que ressalta as Habilidades Não Técnicas em SBV liderado por adolescente com paraplegia. Método: Relato de experiência da construção e validação de História em Quadrinhos sobre SBV prestado por adolescente com lesão medular do tipo paraplegia. A tecnologia foi construída no período de novembro a dezembro de 2019. O estudo seguiu os seis passos do quadrinista Mccloud, a saber: definição da ideia e objetivos, formato, idioma, estrutura, habilidade e superfície da história em quadrinhos. Resultados: A tecnologia contemplou os três primeiros elos referente ao atendimento por leigos a uma PCREH abordando identificação e acionamento do serviço de emergência, reanimação imediata de qualidade (somente com as mãos) e uso do desfibrilador. As Habilidades não técnicas abordadas foram: trabalho em equipe, gestão de tarefas, consciência situacional, tomada de decisão, comunicação e liderança. Conclusão: A história em quadrinhos apresentou uma possibilidade de como um adolescente com deficiência física do tipo paraplegia pode contribuir na prestação de SBV. Espera-se que esta tecnologia educacional seja um artefato capaz de motivar a construção de novas estratégias de ensino que esclareçam que, se respeitado critérios éticos que levem em conta a individualidade clínica, habilidades técnicas e não técnicas, as Pessoas com Deficiência são capazes de receber educação em saúde e, até mesmo, atuar em cenários de prestação de atendimento a parada cardíaca.