Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS EM MORTE ENCEFÁLICA
Relatoria:
MARCIA GOMES RUFINO
Autores:
- Nadilânia Oliveira da Silva
- Antônia Thamara Ferreira dos Santos
- Maria Corina Amaral Viana
- Woneska Rodrigues Pinheiro
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: Tendo em vista que o processo de doação e transplante é extenso e complexo e que o exercício da enfermagem no processo é regulamentado por lei e essencial em todas fases, a sua adequada execução é determinante para o bom êxito deste. Objetivo: Identificar as estratégias utilizadas na assistência de enfermagem frente a manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos em Morte Encefálica, no setor de cuidados emergenciais e intensivos, em um hospital de referência. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem mista realizado com enfermeiros atuantes nos setores de cuidados emergenciais e intensivos de um hospital de referência do Cariri, Ceará, em fevereiro e março de 2022. Os dados quantitativos foram organizados em planilhas e analisados por meio de estatística descritiva simples; os qualitativos foram tratados a partir da análise de conteúdo de Laurence Bardin. Os resultados foram apresentados em quadros, tabelas e gráficos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em Pesquisa por meio do parecer de número 4.580.173. Resultados: A amostra foi composta por 10 enfermeiros. 60% da emergência e 40% da terapia intensiva. 66,7% possuíam especialização em urgência e emergência e 33,3% em terapia intensiva e enfermagem em cuidados intensivos e emergência. Foram elencadas as seguintes estratégias utilizadas na manutenção do potencial doador: uso de manta térmica, infusão de líquidos aquecidos, aquecer os gases do ventilador mecânico, e do ar ambiente, uso de cobertores, aquecer as extremidades, irrigação gástrica e colônicas e evitar banho no leito; manutenção da pressão arterial adequada, balanço hídrico rigoroso, administração de drogas vasoativas, correção volêmica e controle da hemoglobina; manter a cabeceira elevada 30° a 45°, mudança de decúbito a cada 2h, aspiração orotraqueal e ventilação protetora; monitorização da glicemia, administração de fármacos, umidificação das córneas, controle de infecções, coleta de gasometria e administração de dieta enteral. Os principais desafios referidos foram: falta de capacitação profissional, instabilidade hemodinâmica, déficit de insumos e dinâmica dos setores. Conclusão: Identificou-se que a atuação da enfermagem permeia todos os aspectos que envolvem as alterações hemodinâmicas focando na prevenção da instabilidade e evitando complicações que possam inviabilizar a continuidade do processo de doação e transplante.