Introdução: O SAMU 192 constitui o componente pré-hospitalar móvel da Rede de Atenção às Urgências. O SAMU 192 da Região Metropolitana 2 do Estado do Rio de Janeiro, criado em 2004, é constituído por sete municípios limítrofes, possui ambulâncias de suporte básico, avançado e motolâncias, tripulados por cerca de 300 profissionais. A Portaria nº 2048/02, considerando a especificidade e a complexidade do serviço, estabelece a criação de Núcleo de Educação em Urgências, a fim de promover formação, capacitação, habilitação e educação continuada de recursos humanos para as urgências. O objetivo deste estudo é descrever o Projeto de Formação de Multiplicadores Locais e sua relevância nas atividades de Educação Permanente Regional. Metodologia: Relato de experiência realizado no SAMU da Região Metropolitana 2 do Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2022 a junho de 2022, observando o impacto da atuação pelos Multiplicadores Locais nas bases, através das tabelas e relatórios mensais, enviados à coordenação regional, com a descriminação da atividade realizada, público-alvo e número de participantes. Resultado: O SAMU 192 da Região Metropolitana 2, possui, desde sua criação, uma Coordenação Regional de Educação Permanente e, desde 2016, forma Multiplicadores, que atuam de forma local em suas bases, como braços desta Coordenação. Durantes as seis turmas de Formação de Multiplicadores, foram capacitados 25 profissionais, entre Enfermeiros, Médicos, Técnicos de Enfermagem e Condutores Socorristas, para desempenharem atividades de Educação Continuada nas bases descentralizadas, como cursos de aperfeiçoamento e atualização, rodas de conversa sobre temas em alta discussão, palestras, apresentação e discussão de casos clínicos, entre outros, somando, só no primeiro semestre de 2022, mais de 1900 participações em atividades de educação continuada. Conclusão: O Projeto de Formação de Multiplicadores para Educação Permanente, proporcionou maior abrangência e diversidade das atividades de Educação Continuada. Acredita-se que, o fato de os profissionais atuarem em suas próprias bases, facilite o acesso aos colegas de trabalho e minimiza deslocamento para centros de referências, o que antes era um dificultador para a participação nas atividades. Além disso, a presença de equipes de multiplicadores em cada base, proporciona o desenvolvimento de atividades de maneira concomitante, otimizando o tempo e possibilitando a realização de um número maior de atividades.