Introdução: No que diz respeito às práticas acadêmicas dos estudantes do nível superior de ensino, a qualidade de vida representa um desafio constante, e essa realidade torna-se ainda mais expressiva quando inserida em um cenário pandêmico. Dessa forma, o presente estudo visa avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na qualidade de vida dos acadêmicos de uma universidade federal, relacionando-a à saúde mental dos alunos. Objetivo: Avaliar os impactos da pandemia de COVID-19 na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) dos acadêmicos de diferentes cursos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas (CPTL/UFMS) no que se refere à questão psicológica. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa de avaliação da qualidade de vida em acadêmicos diante da pandemia de COVID-19. Para avaliação da Qualidade de Vida foi utilizado o instrumento WHOQOL-Bref, sendo avaliado o Domínio 2 (psicológico). A coleta de dados online foi realizada por meio do formulário eletrônico elaborado via Google Forms, totalizando 200 respostas. A amostra foi composta por acadêmicos que aceitaram participar da pesquisa (amostra por conveniência). Foram incluídos para a seleção da amostra os acadêmicos com idade igual ou superior a 18 anos, devidamente matriculados nos cursos de graduação oferecidos pelo CPTL/UFMS, que voluntariamente atenderam ao convite de participar e responder online às questões da pesquisa. Todos os preceitos éticos foram respeitados e o projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres humanos CEP:4.374.965. Resultados: Quando questionados sobre “O quanto você aproveita a vida?” e “Em que medida você acha que a sua vida tem sentido?”, a maioria (40% e 33,5%) respondeu bastante. Referente à questão “O quanto você consegue se concentrar?”, a maioria (46,5%) relatou mais ou menos. Sobre ser capaz de aceitar sua aparência física, a maioria (41%) assinalou médio, já sobre o quão satisfeito você está consigo mesmo, a maioria (37,5%) respondeu estar nem insatisfeito e nem satisfeito. Enquanto sobre a frequência de sentimentos negativos, a maioria (28%) respondeu ser frequente. Conclusão: Diante disso, observa-se que os resultados desta pesquisa indicam que a pandemia de COVID-19 impactou no domínio psicológico da amostra estudada, uma vez que os pensamentos negativos foram frequentes, além da presença de alterações da percepção do ser indivíduo em relação ao coletivo.