Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
COMUNICAÇÃO DO ENFERMEIRO COM PAIS CEGOS EM SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Aline Tomaz De Carvalho
Autores:
- Marcela Bezerra Lima Deodato
- Josyane Rebouças da Silva
- Fabiana Rocha da Silva
- Amanda Newle Sousa Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A comunicação do enfermeiro com pessoas com deficiência visual torna-se tema com necessidade de aprimoramento, visto que desconhecem técnicas de comunicação adaptadas às necessidades desta população. Objetivo: Refletir sobre experiência de treinamento de pais com deficiência visual sobre cuidados domiciliares de sua filha. Metodologia: estudo descritivo, tipo relato de experiência de enfermeira sobre treinamento de pais com deficiência visual acerca de cuidados domiciliares com sua filha. Ocorreu em serviço de atendimento domiciliar de rede privada de saúde em Fortaleza, Ceará, no mês de dezembro de 2021 em sala de simulação utilizada para treinamento de cuidadores e familiares. Resultados: Paciente do sexo feminino, com perfil de pediatria e necessidade de sonda nasoenteral para administração de dieta. O pai, segundo ele, tem diagnóstico baixa visão e só enxerga “vultos” e a mãe cegueira total. Ambos necessitavam de auxílio para locomoção (bengala). Houve dificuldade da enfermeira para elaborar falas mais elucidativas sobre os cuidados com a criança no domicílio. Abordaram-se de forma verbal os protocolos de segurança do paciente adotados pela instituição, seguidos do fluxo de funcionamento do serviço. Realizou-se treinamento sobre manuseio de sonda nasoenteral. Para melhor compreensão, de forma intuitiva, a enfermeira verbalizou o passo a passo do procedimento, e permitiu que os pais tocassem dispositivos envolvidos no cuidado, o que incluiu a sonda. Aspectos importantes como escolha correta da via da sonda, observação da contagem do gotejamento e tempo de término para a dieta foram momentos complexos, pois não há como elucidar plenamente por palpação ou audição. Tentou-se elaborar fala pela enfermeira com o máximo de detalhes para melhor compreensão dos mesmos. Observou-se que ainda houve insegurança por parte dos pais para a realização do procedimento. Percebeu-se, portanto, que a acessibilidade em saúde ainda se torna incipiente para pessoas com deficiência visual, visto que não está adaptada para atender plenamente esta clientela. Além, disso, questões importantes da comunicação do enfermeiro com as PcD ainda é tema pouco abordado na formação destes profissionais, bem como nos serviços de saúde, o que torna suas ações inferiores ao desejado. Considerações finais: Há a necessidade de avanços sobre esta temática na formação do enfermeiro e em educação continuada no serviço para atender de forma plena as pessoas com deficiência visual.