Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
Fatores de risco para dano/remoção de port-a-cath em pacientes em quimioterapia antineoplásica
Relatoria:
Karen Rayara Bezerra Lima
Autores:
- Rafaella Aparecida Magalhães Alves
- Tamires Aparecida Cavalcante Rodrigues
- Willame de Oliveira Vitorino
- Kauane Matias Leite
- Ana Fátima Carvalho Fernandes
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A quimioterapia apresenta diversas vias farmacológicas, sendo a via endovenosa a principal e mais utilizada. Para o acesso intravascular, é possível utilizar cateteres do tipo periférico, central, semi ou totalmente implantados. Com destaque para o cateter venoso totalmente implantado, o port-a-cath, indicado para pacientes com proposta de tratamento com infusão de drogas vesicantes/irritantes de longa duração ou pacientes com comprometimento da rede venosa. Apesar da sua colocação “totalmente implantada”, o dispositivo não é ausente de riscos ou complicações. Objetiva-se identificar a prevalência e os fatores de risco para dano ou remoção de cateteres de longa permanência totalmente implantados de pacientes em quimioterapia antineoplásica, em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia no estado do Ceará. Trata-se de um estudo observacional do tipo documental, de corte transversal e abordagem quantitativa. A população amostral foi composta por prontuários de pacientes submetidos a colocação de cateter totalmente implantado para realização do tratamento quimioterápico no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Ao todo foram analisados um total de 58 implantações de cateter port-a-cath. A Hipertensão Arterial Sistêmica (32,8%) foi a comorbidade mais prevalente. O lado de implantação do cateter mais frequente foi o lado direito (75,9%) e o local do implante mais prevalente foi a veia jugular interna (82,8%). Apenas quatro (6,9%) pacientes apresentaram histórico de radioterapia no local do cateter e o motivo mais prevalente para remoção do cateter foi o fim do tratamento (60,5%). Quase um terço dos pacientes (29,3%) tiveram perda do port-a-cath devido a complicações. E outros sete pacientes foram a óbito. No estudo a taxa de perda de cateteres port-a-cath foi inferior a 40% e a infecção foi o motivo mais descrito. Sexo feminino e tratamento sistêmico para câncer de mama demonstraram ser os fatores de risco de risco mais importantes para redução da longevidade desse dispositivo.