INTRODUÇÃO: As instituições carcerárias surgiram como uma nova forma de punição para todos os indivíduos que cometam qualquer tipo de infração, com o objetivo de reabilitá-los e possibilitar que, ao retornar à sociedade, não haja reincidência das violações. Porém, a precariedade do atual sistema impossibilita a reintegração da pessoa privada de liberdade, contribuindo ainda para o desenvolvimento de doenças mentais, tendo como alvo principal as mulheres, devido aspectos biopsicossociais. OBJETIVO: Identificar na literatura nacional e internacional o impacto e as repercussões associadas à saúde mental das mulheres reclusas de liberdade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura nacional, onde foram utilizadas as seguintes bases de dados: A Science Direct da Elsevier e “ProQuest”, Scientific Electronic Library Online – Scielo, Periódicos Capes, MEDILINE/PubMed; SCOPUS Preview. Após os critérios de inclusão e exclusão, computou-se 6 artigos. Realizou-se a busca de forma não controlada, em pares, no dia 05 de julho de 2022. RESULTADOS: Identificou-se fatores que inerentes à saúde mental das mulheres supracitadas, tais como: depressão, alteração do padrão de sono, abstinência sexual, ansiedade, confinamento, distanciamento familiar, falta de atendimento integral à saúde, pensamentos negativos, rejeições e medo. Evidencia-se que a reclusão e o esquecimento dessas mulheres perante a saúde e a sociedade, acarretam prejuízos significativos à saúde mental e física dessas mulheres, desencadeando assim desordens mentais graves. CONCLUSÃO: Evidencia-se a necessidade de uma equipe interdisciplinar para o cuidado contínuo corpóreo e mental da população carcerária feminina, com profissionais especializados na área da saúde da mulher, onde possam ajudar ao público a lidar melhor com a aflição psíquica durante o período de reclusão, como também estimular a visitação de familiares afim de reduzir o sentimento de abandono, até que então retorne à liberdade.