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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM MALÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ANGOLA
Relatoria:
José Fortuna da Silva
Autores:
  • Francisco Lucas de Lima Fontes
  • Manoel Borges da Silva Junior
  • José Wicto Pereira Borges
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A malária, patologia infecciosa febril aguda, é grave problema de saúde pública em Angola. O país, com quase 33 milhões de habitantes, tem números expressivos relacionados a doença. Segundo o Progama Nacional de Combate à Malária do Ministério da Saúde de Angola, em 2018 o país registrou aproximadamente seis milhões de casos da patologia, com desfecho para óbito em 11.814 vezes. Devido a sua importância epidemiológica, são diversas as condições que colaboram para a incidência da malária, como aspectos socioeconômicos, culturais, ambientais e políticos. Nesse contexto, a Enfermagem pode atuar na assistência de Enfermagem em dois momentos importantes: educação em saúde, com ações preventivas, e tratamento, com implementação de cuidados. OBJETIVO: Relatar a experiência de um enfermeiro na prestação da assistência de Enfermagem a crianças com malária em Angola. MÉTODOS: Estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, vivenciado por um enfermeiro supervisor de um hospital municipal do Mungo, cidade da província de Huambo, em Angola. Nesta instituição o enfermeiro atua no setor pediátrico e realiza acompanhamento periódico de pacientes diagnosticados com malária. A vivência foi desenhada mediante observações diretas do pesquisador em seu ambiente de trabalho, sem qualquer anotação ou registro. O relato respeitou os preceitos internacionais da Declaração de Helsinque sobre pesquisa com seres humanos. RESULTADOS: Com as vivências foi possível verificar a situação de vulnerabilidade e os fatores de risco aos quais as crianças com malária atendidas estavam expostas. Com o surgimento da COVID-19 percebeu-se uma priorização da pandemia em Angola, o que fez com que governos e instituições de saúde negligenciassem problemas já existentes, como a malária. Ainda que se tente prestar uma assistência adequada é comum a falta de recursos materiais, como medicamentos, para tratar a população, especialmente nos serviços de pediatria. Nas rotinas de plantão, o enfermeiro também percebeu a importância da colaboração interprofissional para o bom andamento dos serviços. CONCLUSÃO: Com esta experiência o pesquisador pôde oferecer cuidados diretos a crianças diagnosticadas com malária no hospital em que atuava como enfermeiro supervisor. Importante salientar a grande responsabilidade que este profissional possui na liderança da equipe de Enfermagem, orientando-a na prevenção de complicações e redução da mortalidade por malária.