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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A VULNERABILIDADE PROGRAMÁTICA ENTRE GESTANTES COM SÍFILIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Láisa Rebecca Sousa Carvalho
Autores:
  • Matheus Sousa Marques Carvalho
  • Paula Lima da Silva
  • Daniella Carvalho Araújo
  • Alice da Silva
  • Rosilane de Lima Brito Magalhães
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Estima-se que ocorra globalmente mais de um milhão de novos casos de sífilis em gestantes, constituindo um problema de saúde pública. Fato observado devido a problemática envolvida nos fatores desencadeantes da incidência da doença e os seus principais desfechos, como a natimortalidade, a prematuridade, o baixo peso ao nascer, além de sequelas neurológicas. OBJETIVOS: Identificar na literatura científica a problemática envolvida na vulnerabilidade programática em gestantes com sífilis na Atenção Primária à Saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados PubMed e LILACS, para responder à questão norteadora “Quais os fatores relacionados a vulnerabilidade programática em gestantes com sífilis?”. Utilizaram-se como descritores “Syphilis, Health Vulnerability e Prenatal Care”. Como critério de inclusão foram artigos completos, sem limite quanto ao idioma ou ano de publicação. RESULTADOS: Foram encontrados 45 artigos e após a leitura foram definidos 11 para a análise. Os artigos foram publicados entre os anos de 2005 e 2021, sendo oito publicados no Brasil (72,7%), e desses seis com metodologia quantitativa (54,5%) e cinco qualitativa (45,5%). Os principais fatores identificados foram o acesso ao serviço e as baixas condições sociodemográficas, impactando no processo de prevenção e/ou detecção oportuna de doenças, além da baixa qualidade do pré-natal, mostram como as fragilidades dentro do sistema de atendimento público às gestantes ferem os princípios de integralidade, regionalização e humanização e denotam como desafios a qualificação da rede pública de saúde e ações desenvolvidas no SUS. CONCLUSÃO: A vulnerabilidade programática é influenciada por fatores comportamentais e relacionados aos serviços de saúde, que envolve o diagnóstico tardio da sífilis e a baixa adesão do tratamento entre estas gestantes e seus parceiros sexuais, que podem ser combatidas com ações em saúde que considerem os aspectos que potencializam a vulnerabilidade social, individual e programática da população. A sífilis constitui indicador de qualidade da assistência pré-natal, e o monitoramento das tendências da sífilis nessa população é essencial na avaliação do aperfeiçoamento das intervenções adotadas. Assim, a rastreabilidade da sífilis no pré-natal deve ocorrer o mais precocemente possível, bem como os fatores de vulnerabilidade devem ser trabalhados na APS, de forma a diminuir as lacunas no pré-natal.