Introdução: a diversidade de povos presentes na Amazônia, é fator principal das relações transculturais, tornando-se indispensável a aquisição de competências que possibilitem a oferta de assistência à saúde, de maneira holística, integral e coletiva a toda comunidade assistida, tendo como base para essa formação as vivências da graduação até o exercício da prática. Objetivo: descrever as vivências e percepções de estudantes de enfermagem do interior do Amazonas, sobre a aquisição de competências culturais para o cuidado às populações amazônicas durante a sua formação. Metodologia: o presente trabalho refere-se a um relato de experiência, vivenciado nos primeiros períodos do curso de Enfermagem (2021-2022) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Sua construção sobre a temática foi baseada nas vivências e percepções adquiridas nas disciplinas cursadas de Introdução à Saúde Coletiva, Antropologia da Saúde e Educação em Saúde. O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato de experiência, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Resultados: para os discentes o conhecimento adquirido nas disciplinas sobre as populações Amazônicas e seus determinantes sociais de saúde foram essenciais para compreender a importância de prestar a assistência de enfermagem de acordo com as especificidades de cada grupo tradicional. A oportunidade de realizar pesquisas, planos estratégicos de saúde e atividades de educação em saúde para a referida população ainda durante a graduação, garantiu experiências enriquecedoras aos discentes sobre o contexto de vida na comunidade e as necessidades de adequação da assistência de enfermagem conforme a realidade destas populações. Estas experiências somaram para a aquisição de competências culturais, que serão um diferencial na atuação profissional futura. Conclusão: portanto, através das experiências relatadas, foi possível perceber a importância de disciplinas que valorizam o cuidado equânime e integral as populações amazônicas, sendo um diferencial do futuro profissional para suprir a demandas de saúde da região.