O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-SAÚDE)/ Interprofissionalidade realiza educação pelo trabalho, qualificação do serviço e desenvolvimento de pesquisa, ensino e extensão com o intuito de que alunos de graduação em saúde conheçam o Sistema Único de Saúde (SUS), vivenciem-o na sua realidade e intervenham com ações na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS), fomentando a articulação ensino-serviço-comunidade. O objetivo do trabalho é relatar as experiências de interprofissionalidade vivenciadas por duas acadêmicas de graduação (medicina e psicologia) da UNIFOR e uma preceptora (enfermeira) na UAPS. A produção partiu de reflexões acerca das experiências vivenciadas no período de abril de 2019 a março de 2021 numa UAPS do Município de Fortaleza, CE. Através da orientação da preceptora de campo, as bolsistas reconheceram o território, realizaram consultas interprofissionais aos autistas, adolescentes com histórico de automutilação e produziram um podcast com informações sobre o PET/Interprofissional para divulgação e conhecimento dos profissionais da unidade. As petianas realizaram consultas às gestantes, crianças, mulheres na sala de prevenção ginecológica, visitas domiciliares à puérpera e recém–nato e produziram um vídeo educativo sobre os benefícios do aleitamento materno, incentivo à doação de leite humano e os cuidados da amamentação durante a pandemia que foi repassado para às equipes e usuários. Participaram, ainda, do grupo de Terapia Comunitária e produziram materiais educativos utilizados nas salas de espera abordando temas sobre: Autocontrole e Inteligência emocional; Depressão; Prevenção ao câncer de mama, colo uterino e próstata; Aleitamento materno e COVID-19. Além destes, as acadêmicas participaram de reuniões de gestão e reorganização de fluxos na UAPS com o intuito de melhorar o serviço ofertado à população adscrita. Durante todas as atividades trabalhamos as práticas colaborativas e o compartilhamento de conhecimentos pertinentes às suas competências profissionais. O PET-SAÚDE/Interprofissionalidade possibilitou às graduandas assumirem papel de sujeito transformador na construção de uma saúde ampliada, pois oportunizou a experiência das práticas colaborativas que poderão traduzir-se em transformadoras, articuladas à humanização e percepção do usuário frente à atuação interprofissional na atenção primária, além de ter alcançando resultados positivos que contribuíram para a reorientação da formação e do trabalho em saúde.