Introdução: As tecnologias assistenciais objetivam provocar intervenções em uma determinada situação prática a partir de investigações, teorias e da experiência profissional (NIETSCHE et al., 2005). Os cuidados intensivos demandam uma inter-relação entre a equipe multiprofissional comprometida com a assistência e os recursos tecnológicos (OLIVEIRA, 2019). Assim, levando em conta os custos elevados de cuidado ao paciente crítico, a utilização de um registro de dados consistente pode otimizar a qualidade de informações para fins de cuidados e diagnósticos, além de diminuir custos e prever possíveis complicações (ZAMPIERI, 2017). Objetivo: Relatar a experiência do uso de um instrumento de tecnologia na assistência de enfermagem em uma unidade de terapia intensiva (UTI) de doenças infectocontagiosas. Metodologia: Trata-se de um relato de caráter exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, na assistência de enfermagem da UTI adulto, em um hospital de referência de doenças infectocontagiosas, em Manaus, Amazonas. Resultado: O mapa utilizado para registro dos sinais vitais e controle hídrico dos pacientes internados na UTI adulto não contemplava escalas de avaliação do estado do paciente utilizadas durante a assistência. Dessa forma, mediante busca teórica em bancos de dados, e de acordo com as cinco etapas do processo de enfermagem (PE), segundo Wanda Horta, sendo estes: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação (COFEN, 2009), foram implementados a esse mapa as escalas englobando avaliação neurológica, risco de quedas (Morse), risco de úlcera de pressão (Braden), e as principais drogas e soluções utilizadas na unidade. Após a elaboração conjunta, foi apresentada a toda equipe multiprofissional, para apreciação e possíveis considerações, estando em consenso com o setor de qualidade e gerência de enfermagem da instituição, foi implantado o instrumento na UTI. A implementação desse instrumento possibilitou uma melhor atuação da equipe multiprofissional, por fornecer os protocolos necessários ao melhor cuidado do paciente crítico. Conclusão: Percebe-se, assim, que uma tecnologia que foi criada contemplando as características específicas da assistência, contribuiu para o melhor atendimento do paciente crítico com doenças infectocontagiosas, ao tornar o registro de intervenções e controles mais acurados, e fornecer protocolos de cuidados atualizados a toda equipe.