INTRODUÇÃO: Baseado no contexto de metodologias em que discurso da competência e processos avaliativos predominam, necessita-se ponderar a viabilidade de estratégias educacionais na graduação de enfermeiros, tendo em vista, a função do enfermeiro de cuidar e auxiliar na educação em saúde do paciente. O desenvolvimento de habilidades para emprego de estratégias de ensino e a postura a assumir perante impasses éticos, só são adquiridos com a prática. Considerando que as experiências da graduação refletem no desempenho profissional, a exploração da espiral construtivista no ensino superior, com ênfase na aprendizagem baseada na resolução de problemas, torna-se a melhor alternativa para uma formação capacitada. OBJETIVO: Relatar a partir de uma concepção construtivista de Piaget e Lev Vygotsky, estratégias de ensino-aprendizagem na graduação em enfermagem. METODOLOGIA: Relato de experiência de caráter descritivo de atividades pedagógicas no ensino de graduação em enfermagem no interior do Amazonas. RESULTADOS: Durante a dinâmica proposta dividiu-se a turma em três grupos, cada grupo responsável por solucionar, em um júri simulado, casos éticos oriundos da vivência do exercício profissional, sendo eles: um caso de aborto provocado, um evolvendo transfusão sanguínea e filosofias religiosas e um de eutanásia. A experiência vivenciada revelou, como defendem Piaget e Lev Vygotsky, que a partir da resolução de problemas, o processo de aprendizagem e execução da dinâmica proposta aos estudantes, progrediu de maneira mais fluida, articulada e bem desenvolvida, comparado à metodologia passiva guiada no discurso de autoridade, no qual o professor é detentor do conhecimento e os estudantes míseros ignorantes que nada teriam a contribuir. CONCLUSÃO: A partir da concepção sociointeracionista de Lev Vygotsky, as falas manifestadas pelos estudantes durante a simulação, comprovaram a plena assimilação das consequências éticas e legais cabíveis em cada caso, constatando a necessidade de interpretação da temática abordada, à vista disso, não tangendo a aplicação dos métodos de memorização amplamente utilizados em avaliações tradicionais, além de minimizar trâmites duvidosos de avaliação, critérios injustos e arbitrariedade, já que a solução do problema requisitava embasamento no código de ética que rege a profissão da enfermagem. Diante disto, o uso de metodologias de unidade vivencial na Amazônia possui papel essencial para a visão holística do enfermeiro amazonense.