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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
SER GESTANTE NO MEIO REPELENTE E A PREDISPOSIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Relatoria:
ANA CAROLINE TAVARES GONGORA
Autores:
  • Queli Lisiane Castro Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
No período do ciclo gravídico puerperal, as mulheres passam por uma série de mudanças e oscilações emocionais que podem resultar de fatores sociais e psicológicos. Esses fatores podem ocasionar complicações na gestação, parto e pós-parto. No Brasil, a depressão pós-parto (DPP) apresenta prevalência de 26,3%. Na gravidez até a chegada do parto, os pais constroem expectativas sobre o filho, porém, eventos imprevisíveis como a Síndrome Congênita por Zika Vírus (SCZV) podem ocorrer nesse período, intensificando ainda mais o risco de DPP. O diagnóstico de uma doença frustra as expectativas construídas em relação à criança idealizada. Com o diagnóstico inesperado, são comuns muitos sentimentos. Além disso, sintomas depressivos e ansiedade podem estar presente no período, podendo se intensificar após o diagnóstico. A Síndrome congênita do Zika (SCZ) é uma seqüência de complicações originadas por problemas no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC). Os graves e maléficos desfechos na gestação infectada pelo vírus, estão associados a anormalidades estruturais do sistema nervoso central, alterações anatômicas resultando a ventriculomegalia, calcificações intracranianas e microcefalia. Portanto, objetiva-se identificar a predisposição da depressão pós-parto nas puérperas e conhecer os possíveis motivos que predispõe a depressão pós-parto em tempos de Zika Vírus (ZIKV). O estudo transversal ocorreu no ano de 2019, onde 20 puérperas em puerpério imediato foram selecionadas por meio do tipo amostragem por sequência. Realizado na cidade de Pontal do Araguaia – MT nas Unidades de Saúde da Família e em domicílio. Foi aplicada a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS), a fim de rastrear os fatores de risco para o surgimento da Depressão Pós-Parto. As puérperas foram incluídas no grupo de risco para DPP ao atingirem escores iguais ou maiores que 11, sendo este o ponto de corte para fator de risco. A presença de DPP esteve entre puérperas (35%) de forma descritiva, com 14 a 17 anos (10%) e 18 a 24 anos (15%), baixa escolaridade e renda familiar reduzida. A tendência a DPP também esteve presente entre as que se auto-declaram pardas e negras (15% respectivamente). Conclui-se que o diagnóstico precoce é importante para a redução dos prejuízos causados à tríade mãe-bebê-família, onde deve-se levar em considerações nas consultas de pré-natal todos os fatores relativos à mãe, como os fatores sociodemográficos, gestacionais e relacionados ao meio de vivência.