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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E EVOLUÇÃO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO PERÍODO DE UMA DÉCADA (2011-2021)
Relatoria:
Lívia Farias Araújo Gonçalves
Autores:
  • Larissa Monteiro Alves Fernandes
  • Richardson Lopes Bezerra
  • Antônia Rosileide Pinheiro
  • Maria Izabel Avelino do Nascimento
  • Madalena Isabel Coelho Barroso
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Leishmaniose Visceral é considerada uma doença tropical negligenciada (DTN). É uma zoonose, causada pelo protozoário Leishmania Chagasi, o principal reservatório urbano é o cão. No ano de 2019 foram confirmados 2.529 casos de LV no Brasil, sendo a região Nordeste com maior prevalência de notificações, sendo responsável por 49, 1% dos casos registrados. Acomete principalmente a faixa etária de 20-49 anos e o gênero masculino (BRASIL, 2021). Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico e evolução dos casos de Leishmaniose Visceral notificados no hospital. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, retrospectivo de caráter epidemiológico. As informações foram coletadas a partir da base de dados das fichas de notificação, notificadas do Núcleo de Epidemiologia de um hospital de referência em infectologia no município de Fortaleza do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), que são disponibilizadas no DATASUS, no período de 2011 a 2021. Os dados coletados foram analisados utilizando planilha desenvolvida no programa Microsoft Excel 2010®. Resultado: No período analisado foram notificados 1937 casos, em que 1779 (91,84%) foram confirmados, 106 (5,47%) foram descartados e 52 (2, 68%) foram ignorados ou em branco. O sexo mais acometido é o masculino com 1504 (77,64%). Em relação à faixa etária, a mais acometida é entre 40-49 anos. Dados como raça e escolaridade tem uma baixa adesão de preenchimento pelos profissionais. No tocante à evolução dos casos, 1577 (81,41%) evoluíram para cura da doença, 22 (1,13%) abandonaram o tratamento, 120 (6,19%) evoluíram a óbito, 165 (8,51%) foram a óbitos por outra causa ou transferência e 53 (2,73%) notificações foram ignoradas ou em branco em relação à evolução da doença. Conclusão: Em relação ao perfil epidemiológico foi possível perceber uma predominância de casos no sexo masculino, o que pode ser relacionado a baixa procura do serviço de saúde pelos homens, ocasionando a um mau prognóstico da doença. A faixa etária de 40-49 anos, que é a idade mais acometida, é uma idade ainda produtiva e a doença, apesar de ter tratamento e cura, leva a um prejuízo de funcionalidade durante o período infeccioso da doença e prejuízos econômicos relacionados à internação hospitalar. Outra problemática é a falta de informações nas notificações, o que causa prejuízos na análise do perfil epidemiológico da doença.