Introdução: O Câncer de Colo de Útero (CCU) se origina a partir de alterações celulares causadas pela infecção persistente dos subtipos oncogênicos do Papiloma Vírus Humano (HPV) 16 e 18, cuja principal forma de transmissão é por via sexual quando há o contato direto com a pele ou mucosa infectada. Faz-se necessário o conhecimento acerca da assistência de enfermagem na prevenção do CCU, visto que tais profissionais exercem atividades técnicas, administrativas, gerenciais, educativas e possuem competência para realização de consultas de enfermagem. Objetivo: Buscar na literatura as evidências científicas disponíveis sobre as ações realizadas por enfermeiros na Atenção Primária à Saúde (APS) para prevenção do câncer de colo uterino. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, norteada pela pergunta: quais as ações realizadas por enfermeiros na APS para prevenção do câncer de colo de útero? Incluíram-se estudos primários, publicados em português e inglês nas bases de dados BDENF, Lilacs e Scielo, entre 2017 e 2021, disponíveis na íntegra. Resultados: A amostra foi composta por 8 estudos. Evidenciou-se três categorias temáticas: novas ações de enfermagem com foco na educação em saúde baseadas em Tecnologias Digitais da Informação e comunicação (TIDCS), Incentivo à vacinação contra HPV e Rastreamento por Exame Citopatológico de Colo Uterino. As novas ações de enfermagem com foco na educação em saúde são realizadas por meio de ligações telefônicas e utilização do Objeto Virtual de Aprendizagem (OVA), que possuem a finalidade de conscientizar sobre a importância da periodicidade do exame, os cuidados pré-exame, o retorno para acompanhamento e avaliação do resultado permitindo dar continuidade dos serviços de saúde dos profissionais resultando na realização da assistência inovadora e qualificada acerca da prevenção e rastreamento do CCU. Conclusão: Os resultados apontam que há uma concentração de estudos voltados às ações sabidamente conhecidas na prevenção e controle da doença, principalmente, com foco na educação em saúde tradicional, imunização e coleta do exame citopatológico. Entretanto, as evidências indicam novas estratégias que podem ser incorporadas à prática clínica nos serviços de saúde ou associadas às já existentes, visando a melhora no acesso à informação, aumento da procura aos serviços de saúde, detecção passiva e ativa e diagnóstico precoce da doença.