INTRODUÇÃO: Possivelmente, o oxigênio é a droga usada com mais frequência nos cuidados neonatais, especialmente nos recém-nascidos prematuros. Sabe-se que mesmo sendo necessário, seu uso deve ocorrer de forma cautelosa devido as consequências danosas que podem ser causadas por seu uso prolongados (dano tecidual, diminuição da síntese de surfactante e peroxidação de lipídeos, além de funcionarem como fatores quimiotáticos de células inflamatórias). OBJETIVO: implantar o projeto COALA (Controlando Oxigênio Alvo Ativamente) em uma maternidade pública de Fortaleza-CE. METODOLOGIA: estudo do tipo relato de experiência baseada no Arco de Maguerez de Bordenave e Pereira (1989). Foi realizado de maio a julho de 2022 na neonatologia da Maternidade Escola Assis Chateaubriand de Fortaleza-CE, tendo como público-alvo recém- nascidos prematuros com Idade Gestacional < 28 semanas que precisam de O2, até que completem 36 semanas de Idade Gestacional corrigida. Resultados: Partindo da observação da realidade, foram traçados os pontos-chaves e feitas as seguintes intervenções: elaboração de um procedimento operacional padrão (POP) norteando o uso seguro de oxigênio para os recém-nascidos elegíveis, confecção de plaquinhas a serem colocadas nos monitores dos recém-nascidos contendo a faixa alvo de saturação recomendada pelo projeto Coala (91-95%) de forma a manter a equipe multiprofissional atenta a possíveis modificações na fração de oxigênio a ser ofertada ao recém-nascido, sensibilização da equipe e entrega de folders. CONCLUSÃO: a oferta de oxigênio ao recém-nascido deve ser monitorizada por toda a equipe assistencial e o uso de tecnologias em saúde devem servir como ferramentas para a melhoria da prática clínica.