Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CASOS DE TUBERCULOSE EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO ESTADO DE SERGIPE, 2014-2021
Relatoria:
Jamilly Silva Paixão
Autores:
- José Iglauberson Oliveira dos Santos
- Maiara Souza Rodrigues
- Biatriz Costa Santos
- Jefferson Felipe Calazans Batista
- Laís Lima de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A população carcerária sergipana vem aumentando com o passar dos anos e, com as infraestruturas precárias das cadeias, os espaços tornam-se cada vez menores e insalubres, se opondo ao “ambiente ideal” como era proposto por Florence Nightingale em sua teoria ambientalista. É com esse cenário que doenças como a Tuberculose se propagam de maneira rápida e se estabelecem dentro das prisões entre indivíduos, já que sua transmissão acontece via aerossóis. Objetivos: Descrever os casos de tuberculose em pessoas privadas de liberdade (PPL) no estado de Sergipe no período de 2014 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, de caráter descritivo e abordagem quantitativa, tendo como destaque o número de casos confirmados de Tuberculose em Pessoas Privadas de Liberdade em Sergipe no período de 2014 a 2021, utilizando uma quantificação de dados adquiridos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde/Brasil (DATASUS). Os dados foram dispostos por frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Resultados: Ao longo dos oito anos, foram notificados 962 casos de tuberculose, onde em 2014 apresentou 29 casos (3%); em 2015, 55 casos (6%); em 2016, 94 casos (10%); 2017, 124 casos (13%); 2018, 148 casos (15%); 2019, 206 casos (21%); 2020, 165 casos (17%) e 2021, 141 casos (15%). A média de casos confirmados para TB em PPL em Sergipe foi de 120,2 (DP=58,3). Logo, foi possível observar que desde 2014 os casos de TB em Pessoas Privadas de Liberdade apresentaram aumento, chegando a apresentar seu maior pico no ano de 2019. Além disso, é possível observar que durante os anos de 2020 e 2021, as notificações de TB em PPL apresentaram uma redução, o que pode indicar a ausência de notificação, uma vez que durante esses anos, grande parte do diagnóstico de pessoas apresentando sintomas gripais eram associados à contaminação da COVID-19. Ademais, fatores como: superlotação, insalubridade e a ineficácia de políticas públicas de saúde, encontram-se como principais impulsionadores da problemática. Conclusão: O presente estudo demonstra um aumento dos casos de TB nas PPL do Estado de Sergipe, no período de 2014-2021, onde o menor pico ocorreu no ano de 2014 e o maior pico em 2019. Por outro lado, nos anos de 2020 e 2021, houve uma redução do número de casos.