Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADO À SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES: INTERFACE ENFERMAGEM, EDUCAÇÃO E PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES
Relatoria:
Josinete Alves Sampaio
Autores:
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A saúde mental perpassa todas as faixas etárias e nos adolescentes toma proporções de destaque devido às características biológicas, psicológicas e/ou sociais inerentes a este estágio da vida; somadas às questões relacionadas à violência autoprovocada, a violência intrafamiliar, urbana e escolar. O cuidado, objeto principal do exercício da Enfermagem, se expande para o território, dirigido à saúde mental dos alunos. Necessidade percebida pelo professor (a) em sala de aula, e pela Enfermeira nos atendimentos no Programa Saúde na Escola – PSE. Essa ação fortalece a intersetorialidade, destaca a autonomia do Enfermeiro(a) e consolida a parceria saúde/Educação.
Objetivos: Compreender a escola como lugar de cuidado da saúde mental dos educandos na interface saúde / educação; conhecer os principais fatores desencadeantes dos sofrimentos psíquicos; estimular a construção identitária dos jovens, com ênfase no autoconhecimento como recurso contra a auto violência e as demais violências.
Metodologia: É um relato de experiência realizado na Escola Municipal de Tempo Integral Joaquim Francisco Souza Filho em Fortaleza – CE, alicerçado em dois pilares das práticas Integrativas Complementares - PICS: Terapia Comunitária Integrativa e Constelação Sistêmica Familiar. Foram realizadas dezesseis (16) rodas de Terapia com PICS, em grupos de 10 a 15 alunos, seguidas de escuta qualificada, totalizando 233 alunos atendidos em grupo e individualmente, de outubro de 2018 a outubro 2019, em horário escolar. Além da observação participante foi feita análise das fichas preenchidas a cada encontro para avaliação da prática.
Resultados: Essa ação foi de fundamental valor na interface Saúde e Educação, resultando na diminuição da violência dentro da escola e das mutilações que ocorriam recorrentemente. As rodas terapêuticas foram ganhando o respeito dos alunos e o espaço das falas tornou-se cada vez mais produtivo.
Conclusão: Nas trocas entre pares, eles se veem e se compreendem como indivíduos, aprendem a respeitar as diferenças e aprofundam os laços afetivos. As vivências de cada um encontram acolhimento durante a partilha, além do exercício de olhar para Si como principal ator/autor da sua história. O olhar comprometido da Enfermagem permitiu a inovação do cuidado à saúde mental, para além dos programas normatizados, acolhendo o jovem com qualidade.