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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
BOAS PRÁTICAS NA ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA DE ENFERMAGEM: CONTRIBUIÇÕES DO PARTO NORMAL NA ÁGUA
Relatoria:
Maria Fernanda Santos Araújo
Autores:
  • Elem Cristina Silva da Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A experiência do parto personalizado, como o na água, proporciona uma experiência transformadora à mulher no que diz respeito ao sentido da vida, ao seu desenvolvimento como ser feminino e à maternidade. É um evento inesquecível principalmente quando há protagonismo. Nesse cenário é necessário a presença de profissionais capazes de respeitar suas necessidades e aceitar suas demandas de cuidado, evitando intervencionismos desnecessários. Objetivo: verificar por meio de achados na literatura os benefícios em termos de cuidado e atenção à mãe e bebê do parto na água e a adesão das gestantes ao método. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, com busca bibliográfica nas bases de dados científicas Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Google Scholar e a coleção da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) sob a ótica da estratégia PICO. Resultados: Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão durante a identificação, seleção, elegibilidade e inclusão das pesquisas, compôs a amostra da presente revisão 10 estudos primários. Discussão: O parto na água, com imersão, parece abreviar de forma significante o período expulsivo, com dequitação mais prolongada, preservação do períneo, além de se mostrar fator de proteção contra distócia de ombros e hemorragia pós parto (HPP), além de menos necessidade de intervenções, menor tempo de internação e vínculo mais frequente. Os achados não mostram relação entre melhor índice de Apgar e parto na água. A flutuabilidade, alívio da dor, relaxamento e controle em um ambiente desmedicalizado e seguro são benefícios do parto na água apontados na literatura. Porém a falta ou a falha de informações sobre o parto na água, estrutura inadequada e equipe multiprofissional não treinada são apontados como barreiras para a adesão ao método. Conclusões: O parto na água oferece benefícios fisiológicos e psíquicos ao binômio mãe-bebê, se mostrando fator de proteção e associado a uma melhor experiência de parto para a mulher. A falta de adesão está relacionada, principalmente, à desinformação, confiança diminuída na assistência e estrutura física inadequada para a assistência, o que aponta para a necessidade de aprimoramento das boas práticas obstétricas para que sejam ofertadas de forma adequada, especialmente pela equipe de enfermagem que realiza um acompanhamento integral e holístico da parturiente e sua rede de apoio no trabalho de parto, parto e puerpério.