Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
INSERÇÃO DA ENFERMAGEM NA POLÍTICA: SUCESSO ELEITORAL NAS DISPUTAS PARA DEPUTADO E SENADOR NO BRASIL
Relatoria:
Andrea Maria Barbosa Costa
Autores:
- José Jeová Mourão Netto
- Francisco Ribeiro Filho
- Luciana Maria Montenegro Santiago
- Danielle D’Ávila Siqueira
- Iane Ximenes Teixeira
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Enfermagem compreende o maior contingente dentre os profissionais da saúde no Brasil, sendo responsável por cuidados indispensáveis à manutenção e desenvolvimento dos sistemas de saúde em todo o mundo (WHO, 2020), contudo, enfrenta condições precárias de trabalho e limitado reconhecimento social (SILVA; MACHADO, 2020), podendo estar, essa realidade, associada à débil participação política desses profissionais. Embora perceba-se o aumento do interesse dos profissionais em concorrer a cargos políticos, ainda é inexpressivo esse contingente nas casas legislativas (ALHASSAN et al., 2019), o que pode ser fruto da dificuldade de acesso a esses espaços. Objetivo: identificar a taxa de sucesso eleitoral dos profissionais da enfermagem nos processos eleitorais para os cargos de deputados, distrital, estadual e federal. Método: estudo descritivo, retrospectivo, realizado a partir dos dados do Tribunal Superior Eleitoral da última eleição, ocorrida em 2018, com dados de todos os munícipios brasileiros, considerando as categorias profissionais: enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, odontólogos, assistentes sociais, psicólogos e farmacêuticos. A taxa de sucesso eleitoral resultou da divisão do número de candidatos eleitos pelo número total de candidatos multiplicado por 100. Resultados: Os médicos (681) corresponderam a categoria profissional que mais se candidatou, seguidos dos enfermeiros (214), assistentes sociais (180), técnicos de enfermagem (130), psicólogos (103), odontólogos (97) e farmacêuticos (54). O sucesso eleitoral geral foi de 5,3%, ou seja, de todos os candidatos, apenas 5,3% se elegeram. Os médicos obtiveram o maior sucesso eleitoral (11,1%), seguidos dos farmacêuticos (7,4%), odontólogos (4,12%), assistentes sociais (2,22%) e enfermeiros (0,93%). Técnicos de enfermagem e psicólogos não elegeram candidatos. Conclusão: em relação às outras categorias da saúde, os profissionais de enfermagem apresentaram um quantitativo expressivo de candidaturas. No entanto, obtiveram os piores desempenhos quanto ao sucesso eleitoral. Diante dos achados, uma vez que a categoria expressa interesse em assumir cargos políticos, é necessário que mais estudos analisem os fatores relacionados ao sucesso eleitoral, para que esses profissionais têm mais chances de lograrem êxito em eleições futuras.