LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
O USO DE METODOLOGIAS INTERATIVAS NO COMBATE A COVID-19 EM ALDEIAS INDÍGENAS MUNDURUKU E KAYAPO
Relatoria:
Kênia Cristina Madeira Castro
Autores:
  • Cleidiane Carvalho Ribeiro dos Santos
  • Sindomar Waru Munduruku
  • Daniela de Moraes Bessa
  • Marcelo Alves de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Rio Tapajós é uma unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS), responsável por atender uma população de aproximadamente 14.410 indígenas, das etnias Munduruku e Kayapó, distribuídos em 167 aldeias, localizadas nos municípios de Itaituba, Jacareacanga, Altamira, Aveiro, Trairão e Novo Progresso. A pandemia de COVID-19 trouxe inúmeros desafios, uma vez que as medidas habituais de combate ao vírus não se adequam as especificidades culturais dos povos indígenas. Diante deste cenário, houve a necessidade de adaptação de atividades de educação em saúde voltadas para a não disseminação do vírus nas aldeias. OBJETIVO: Avaliar o uso de ferramentas metodológicas no desenvolvimento de atividades sobre a temática COVID-19 junto aos povos indígenas atendidos pelo DSEI. METODOLOGIA: Foi elaborada uma história em quadrinhos intitulada COVID Kids, apresentada à comunidade através de fantoches dos personagens, com a missão de promover a compreensão sobre o tema, sendo voltado em primeiro plano para o público infantil e se estendendo também aos seus familiares. Para avaliação do uso desta ferramenta, entrevistou-se 5 Enfermeiros, utilizando um questionário composto por 5 perguntas abertas, preenchido sob autoadministração do entrevistado e sem a interferência do entrevistador. RESULTADOS: 100% dos entrevistados afirmaram que o uso dos materiais vem facilitando no repasse das informações e tornado as atividades de educação em saúde mais dinâmicas e interativas, principalmente por serem apresentados na língua materna. Uma enfermeira que atua há 3 anos na saúde indígena afirma que os materiais e as metodologias propostas vêm “aguçando a curiosidade do público alvo no momento das rodas de conversa”. Os profissionais afirmam que banners e cartazes coloridos, adequados à realidade indígena, atraem a população e facilitam o diálogo, estimulando que os indígenas tirem suas dúvidas. Além disso, afirmam que durante as apresentações eles sentem que os receptores estão mais atentos ao que estão falando em comparação a não utilização dos recursos. CONCLUSÃO: Observa-se que a estratégia desenvolvida tem sido importante para a abordagem da temática, facilitando o diálogo com a comunidade e ao mesmo tempo reforçando a prevenção e o preparo do público infantil para recebimento da vacina de acordo com a ampliação da campanha para esta faixa etária.