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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ACESSO DE MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO À ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Relatoria:
MAIARA BEZERRA DANTAS
Autores:
  • José Antônio da Silva Júnior
  • Francisca Evangelista Alves Feitosa
  • Bruna Erilania Vieira de Sousa
  • Carla Glenda Souza da Silva
  • Gilmara Holanda da Cunha
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: A Atenção Primária em Saúde (APS) é a porta de entrada das populações para o sistema de saúde. O acesso a esta tem potencial para trazer melhorias para populações em situação de risco e vulnerabilidade no processo de saúde-doença, como por exemplo as Mulheres Trabalhadoras do Sexo (MTS). Reconhecer como acontece este acesso pode facilitar na implementação de intervenções para vincular estas populações aos serviços de saúde. Objetivo: Avaliar o atendimento às profissionais do sexo na atenção primária a saúde. Método: Estudo qualitativo de natureza descritiva e exploratória, realizado em um município do interior do Rio Grande do Norte, com seis mulheres profissionais do sexo, que atuavam em um espaço de sociabilidade erótica. A coleta dos dados foi realizada por meio de grupo focal. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa, sob parecer N. 4.650.694 e CAAE 42726221.6.0000.5568. Resultados: Os principais relatos foram relacionados às dificuldades no atendimento, no que diz respeito à privacidade, à ética e à insegurança com os profissionais de saúde, sobretudo no atendimento de demanda espontânea. Apesar destas queixas, uma das MTS explicitou a importância da equipe de saúde ir até o local de trabalho delas. Em relação ao estigma e preconceito durante os atendimentos na APS, elas referiram que usavam muito os serviços particulares de saúde, pois percebiam dificuldades no Sistema Único de Saúde. Um dos motivos mais citados para a busca da APS foram as consultas de saúde sexual e reprodutiva. Considerações finais: As dificuldades no acesso se destacaram neste estudo, principalmente pelo estigma e preconceito sofridos por esta população. É importante salientar que ações que perpassem a saúde sexual e reprodutiva devem ser direcionadas a este público, e que os profissionais de saúde se adequem e criem meios para prestar um atendimento respeitoso e integralizado às profissionais do sexo.