Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
Profissionais de enfermagem e a percepção do trabalho durante a pandemia da COVID-19
Relatoria:
JOSÉ ANTONIO DA SILVA JÚNIOR
Autores:
- Alvaro Micael Duarte Fonseca
- Rita de Cássia da Silva Medeiros
- Ellany Gurgel Cosme do Nascimento
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A pandemia da COVID-19 assolou o mundo a partir de março de 2020. Além de causar altos índices de mortalidade por todo o mundo, houve um importante acréscimo na carga de trabalho dos profissionais de saúde nos mais diversos serviços de assistência e gestão. O objetivo do estudo foi avaliar os sentimentos dos profissionais de enfermagem em relação ao seu trabalho durante a pandemia da COVID-19. Para realização da pesquisa, utilizou-se do instrumento denominado Maslach Burnout Inventory e um questionário sociodemográfico. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro a julho de 2021. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte sob o CAAE nº 38154620.6.0000.5294 e Parecer nº 4.357.01. Participaram da pesquisa um total de 116 profissionais da enfermagem, sendo 61 auxiliares/técnicos de enfermagem e 55 enfermeiros(as). Deste primeiro grupo, 52 eram do sexo feminino (85,2%) e do segundo grupo 45 também eram do sexo feminino (81,8%). Do total de profissionais de enfermagem, 57 trabalhavam somente no hospital (66,1%) e apenas 13 trabalhavam somente em Unidades Básicas de Saúde (15,1%). Em relação a alguns sintomas negativos, 36,4% dos enfermeiros e 26,2% dos auxiliares/técnicos de enfermagem relataram sentir-se emocionalmente esgotados por conta do trabalho algumas vezes na semana, sendo que 30,9% dos enfermeiros e 32,8% dos auxiliares e técnicos de enfermagem relataram que o seu trabalho os deixava exaustos todos os dias. Ainda nesse sentido, 25,5% dos enfermeiros e 27,9% dos auxiliares/técnicos de enfermagem acreditavam estar trabalhando em demasia todos os dias, sendo que 21,8% dos enfermeiros e 27,9% dos auxiliares e técnicos achavam que trabalhar diretamente com as pessoas causava estresse algumas vezes na semana. Apesar disso, 56,4% dos enfermeiros e 70,5% dos auxiliares/técnicos de enfermagem afirmavam sentir diariamente que seu trabalho influenciava a vida dos outros de maneira positiva. Em suma, se conclui que o trabalho durante o período pandêmico foi extenuante para os profissionais de saúde, com destaque para os profissionais de enfermagem. Espaços de trabalho em saúde por si só, já têm alto estresse e risco, tendo em vista tratar-se de vidas e condições de adoecimento, sendo exacerbado em períodos pandêmicos. Apesar disso, foi possível observar que eles conseguiam encontrar sentido no seu trabalho, como ferramenta de combate ao vírus e, sobretudo, a pandemia.