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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE MENTAL E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE): DESAFIOS PARA A CLÍNICA AMPLIADA
Relatoria:
RODRIGO OLIVEIRA DE CARVALHO DA SILVA
Autores:
  • Caroline Moraes Soares Motta de Carvalho
  • Leiliana Maria Rodrigues dos Santos
  • Adriana Santos de Mello
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Trata-se de um relato de experiência referente ao processo de instituição da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em um hospital psiquiátrico universitário, iniciado em 2019 e em curso, a partir do estabelecimento de um Grupo de Trabalho responsável por analisar profundamente e escolher o suporte teórico e classificação diagnóstica a serem utilizados na instituição, além de capacitar todas as enfermeiras e enfermeiros sobre a SAE e o Processo de Enfermagem (PE). Objetivo: descrever o processo de implementação da SAE em um hospital psiquiátrico universitário, analisando criticamente os desafios enfrentados durante esse período. Metodologia: Foi adotada a técnica de observação participante, logo que foi estabelecido um Grupo de Trabalho (GT) responsável por analisar profundamente e escolher o suporte teórico a ser utilizado na instituição além de capacitar todas as enfermeiras e enfermeiros sobre a SAE e o PE. No fim do ano de 2019 foram escolhidas duas teorias: o modelo teórico de Joyce Travelbee através da Relação Pessoa-a-Pessoa (1966, 1971) e a teoria de Virginia Henderson, que se insere na linha das necessidades humanas básicas, de acordo com uma perspectiva holística (1969). Foram criados instrumentos para a coleta de dados de enfermagem e registros por turnos de trabalho por parte dos profissionais de nível médio, além de outro instrumento diagnóstico de enfermagem, utilizando a classificação diagnóstica CIPE® (Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem) com o suporte teórico anteriormente citado. Resultados: O número de profissionais disponíveis para atuarem junto à coordenação de enfermagem e na Educação Permanente com o objetivo de implantar a SAE é inferior ao recomendado na Resolução COFEN 543/2017, impactando diretamente no processo. Houve redução ainda mais dramática em virtude do afastamento de profissionais durante a pandemia de COVID-19 e, mesmo após o retorno à presencialidade, ainda mostra-se defasada frente ao desafio da implementação da SAE. Conclusão: Entende-se como essencial a permanente discussão sobre a adoção de uma classificação diagnóstica formal de enfermagem em comparação com uma estratégia assistencial apoiada na clínica ampliada, na subjetividade dos usuários e nas intervenções oriundas de uma escuta ativa refinada e assertiva.