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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
IDADE GESTACIONAL NO MOMENTO DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS NO ESTADO DO CEARÁ: ESTUDO COMPARATIVO
Relatoria:
Letícia Pereira Felipe
Autores:
  • Clara Beatriz Costa da Silva
  • Isabelle e Silva Sousa
  • Francisco Cezanildo Silva Benedito
  • Ana Caroline Rocha de Melo Leite
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é considerada um grave problema de saúde pública devido às elevadas taxas de prevalência em várias partes do mundo. Pode ser transmitida tanto sexualmente, quanto verticalmente durante a gestação, ocasionando consequências graves ao feto. Nesse cenário, o enfermeiro possui função primordial no âmbito da atenção básica, atuando no diagnóstico e no tratamento precoces da doença, a fim de propiciar o manejo adequado da infecção e a melhora do prognóstico do binômio mãe-feto. Objetivos: Realizar uma comparação da idade gestacional no momento diagnóstico de sífilis no estado do Ceará com os dados obtidos nacionalmente. Metodologia: Estudo comparativo do tipo quantitativo realizado através dos Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde 2021 e do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará de 2021, sendo analisada a variável “Idade gestacional no momento do diagnóstico de sífilis” no ano de 2020. Resultados: No Brasil, quanto a idade gestacional dos casos de sífilis em gestantes, foi observado em 2020, que 41,8% das mulheres foi diagnosticada no primeiro trimestre, sendo que 21,9% representaram diagnósticos realizados no segundo trimestre e 30,1%, no terceiro trimestre. Em relação a regionalização, observa-se que o diagnóstico no primeiro trimestre ocorre com maior proporção nas regiões Sul (49,8%) e Sudeste (48,3%), e com menor proporção nas regiões Nordeste (28,4%) e Norte (30,8%). Visto isso, no Estado do Ceará, no ano de 2020, 37%, isto é, a maior proporção das mulheres, foi diagnosticada no terceiro trimestre gestacional, sendo que 35% representaram diagnóstico realizado no primeiro trimestre e 25% no segundo trimestre. Ressalta-se que vem ocorrendo melhora no preenchimento dessa informação nas fichas de notificação: a opção “idade gestacional ignorada”, que era preenchida em 8% dos casos notificados de 2013 a 2015, declinou para 3% no ano de 2020. Conclusão: A partir da análise dos dados, é possível perceber uma forte disparidade regional em relação ao momento oportuno do diagnóstico de sífilis em gestantes, de modo especial nas regiões Nordeste e Norte, incluindo o estado do Ceará. Nesse interim, cabe ao enfermeiro atuante na atenção básica a intensificação da realização dos testes rápidos para sífilis logo na primeira consulta de pré-natal, otimizando o tratamento e reduzindo a ocorrência de intercorrências na gestação e da transmissão vertical da doença.