Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
A LUTA PELA VIDA DAS MULHERES LIVRES DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Izabela Moreira Pinto
Autores:
- Gabriela Pamplona Cardoso
- Brenda Wianne Borges da Silva
- Marcos José Risuenho Brito Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A assistência obstétrica no ambiente hospitalar visa proporcionar segurança materna-infantil através da utilização de diversas abordagens, como tecnologias e procedimentos, mas sem deixar de considerar seu aspecto psicossocial. O uso indiscriminado e rotineiro destas abordagens, podem tornar o ciclo gravídico-puerperal uma experiência marcada por práticas de violência obstétrica, na qual sua existência já foi abordada pela Organização Mundial de Saúde (2014), citando em sua declaração modos de como prevenir tais práticas. Apesar da disseminação de tais medidas em 2014 com a declaração da OMS, ainda nos dias atuais a violência obstétrica é uma realidade, assim, a luta pela vida das mulheres livres de violência obstétrica ainda é um desafio. OBJETIVOS: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem na realização de uma ação de educação em saúde sobre violência obstétrica para mulheres de um coletivo feminista. METODOLOGIA: A atividade foi realizada no mês de maio, em um Centro Cultural de um município da região nordeste do estado do Pará. A ação foi organizada por um coletivo de mulheres feministas do município, que mensalmente se reúnem para promover debates de assuntos pertinentes à sociedade. Assim, esta foi programada em dois momentos, sendo o primeiro com a apresentação de um filme que aborda a temática da violência obstétrica (contexto histórico, conceito, onde está inserida, de que forma é possível evitar, entre outros). E um segundo momento, onde foi possível discutir o assunto através de uma roda de conversa mediada por uma acadêmica de enfermagem e uma mãe com histórico de violência obstétrica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Do público presente, um total de 20 mulheres e 3 homens, somente 20% eram de mães e dentro desse percentual, poucas sabiam do que se tratava violência obstétrica. Com a proposta da atividade, muitas tomaram ciência de que sofreram violência obstétrica durante suas gravidezes, a maioria desta violência configurada por comentários pejorativos. No momento da conversa, as participantes relataram estar satisfeitas pelo momento proporcionado e mostraram-se dispostas a levar as informações adquiridas naquele momento à outras mulheres. CONCLUSÃO: Com isto, é visível a necessidade de realizar ações de cunho educativo para que através da informação, a experiência de gerar não seja traumática. Ainda assim, ressalta-se a importância de espaços onde a população possa estar discutindo tais problemas sociais.