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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
INFECÇÃO PUERPERAL: FATORES DE RISCO E TAXAS DE PREVALÊNCIA
Relatoria:
Marília Ferreira Batista
Autores:
  • LARISSA RIBEIRO DA SILVA
  • Ludimila Magalhães Rodrigues da Cunha
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A infecção puerperal se refere a processos infecciosos após o parto, seja por causas genitais, como infecções do útero e da ferida operatória, ou extragenitais, como ingurgitamento mamário, mastite, tromboflebite, complicações respiratórias e outras. É uma das causas mais importantes de morbimortalidade nas puérperas e seu tratamento é urgente. O Brasil apresenta um dos maiores índices de parto cesáreo do mundo, o que contribui para o aumento do risco de mortalidade materna, especialmente, por infecção. Objetivo: Evidenciar os fatores de risco e as taxas de prevalência na infecção puerperal. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, nas bases de dados: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library. Online (SCIELO), utilizando os descritores “infecção puerperal”, “fatores de risco”, “enfermagem”, “humanização da assistência”, cruzados com operador booleano AND. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos completos que contemplavam a temática, no período de 2013 a 2019. Foram encontrados 20 artigos, onde 4 foram selecionados para pesquisa. Resultados e Discussões: A taxa de infecção associada à cesariana é maior do que a relacionada aos partos normais. O parto cesáreo é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento da infecção puerperal. Na ausência de profilaxia antibiótica, as taxas de endometrite são de aproximadamente 30% após cesárea de urgência, 7% após cesárea eletiva e menos de 3% após parto vaginal. O parto cesáreo apresenta risco 56% maior de complicações precoces, 2,98 vezes maior de infecção pós-parto, 79% mais risco de infecção urinária, 2,40 vezes maior de dor, 6,16 vezes maior de cefaleia e mais de 12 vezes maior de complicações anestésicas, quando comparado ao parto vaginal. Para minimizar as infecções é necessário estabelecer medidas profiláticas, de higiene geral, além de fortalecer as campanhas de parto normal humanizado. Considerações Finais: A assistência humanizada permite aprimorar as práticas assistenciais, para diminuição das cesáreas realizadas sem necessidade, corroborando para diminuição da infecção puerperal. O enfermeiro tem um papel essencial na assistência, pois acompanha todas as fases do ciclo gravídico puerperal.