Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
AS DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO EM PACIENTES COM HANSENÍASE
Relatoria:
Geovanna Pereira Lopes
Autores:
- Dennis Gonçalves Novais
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa, provocada pelo bacilo Mycobacterium leprae, onde em casos ativos, compromete células da pele e nervos periféricos, e em casos mais graves, pode afetar também mucosas e órgãos internos. Objetivou-se descrever os fatores que dificultam a adesão ao tratamento em pacientes hansenianos. Trata-se de uma revisão de literatura, exploratória e qualitativa, utilizando-se as bases do Scielo e Lilacs, onde foram encontrados 29 artigos na análise inicial, utilizando-se os descritores: Lepra; Mycobacterium leprae e Bacilo de Hansen. Foi realizada a categorização dos estudos que atendiam a temática proposta, resultando em 3 estudos. Observou-se que, nos últimos dez anos, Brasil publicou poucos artigos sobre o tema, porém com avanços notórios quanto à mudança do tratamento em pacientes hansenianos. O Ministério da Saúde (2021) destaca que após a emissão de uma nota técnica para implantação do novo esquema de tratamento para a Hanseníase, chamada poliquimioterapia única (PQT-U), sendo que o tratamento agora é feito é o mesmo para formas paucibacilares e multibacilares, com 3 drogas: rifampicina, clofazimina e dapsona, mantendo o tempo original do antigo tratamento (6 meses para as formas paucibacilares e 12 meses para as formas multibacilares). No segundo estudo, Abraçado (2015) mostra que o sexo tem influência direta quanto a infecção da hanseníase, pois os homens apresentaram três vezes mais chances de não aderir ao tratamento em comparação as pacientes do sexo feminino, e que pacientes na faixa etária de 29 a 49 anos de idade foram os que mais aderiram ao tratamento. No terceiro estudo analisado, Pinheiro (2020), afirma que a falta de adesão quanto ao tratamento ainda é elevada, podendo ser considerado como um fator influente para a permanência da doença pelo mundo e principalmente para o Brasil por ocupar o segundo lugar no ranking mundial com casos ativos, perdendo somente para a Índia. Afirma ainda que a interrupção do tratamento causa a resistência do bacilo aos antimicrobianos, que leva a mudança no esquema terapêutico fazendo com que tenha um aumento nos custos e prolongue o tempo de tratamento. Considerando os fatores que levam à adesão e não adesão quanto a terapia e a disseminação da doença, são indispensáveis a necessidade de avaliação e incentivo para a qualidade da adesão do paciente ao tratamento medicamentoso.