Introdução: O Diabetes Mellitus é um dos agravos mais comuns na gestação, acometendo, aproximadamente, 7% das gestantes no Brasil. Considerado um problema de saúde pública, pode ter graves consequências ao feto se não diagnosticado e tratado em tempo oportuno, podendo, ainda, contribuir para o aumento da morbimortalidade materna e perinatal. Objetivo: Caracterizar as gestantes com diabetes quanto aos aspectos sociodemográficos. Metodologia: Estudo transversal, realizado no pré-natal de alto risco de uma maternidade de referência no Ceará, com 91 gestantes com diabetes. A coleta de dados ocorreu nos meses de agosto a novembro de 2018 e foi realizada por meio de entrevista com formulário estruturado, antes da consulta. Os dados coletados foram dispostos no Excel® e procedeu-se à análise descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer nº 3361647. Resultados: O perfil sociodemográfico delineado foi de mulheres autodeclaradas pardas (73 - 80,2%), na faixa etária de até 35 anos (66 - 72,5%), casadas ou em união estável (76 - 83,5%), com 10 anos de estudo ou mais (72 - 79,1%) e renda maior ou igual a um salário mínimo (79 - 86,8%). Quanto à situação de moradia, residem em casa própria (53 - 58,2%) e com o companheiro (69 - 75,5%). Considerando as atividades desenvolvidas pelas gestantes, constatou-se que realizavam atividade laboral (37 - 40,7%) e afirmaram a realização de atividades domésticas (78 - 85,7%). Conclusão: Predominaram mulheres de até 35 anos, pardas, com escolaridade de 10 anos ou mais e com parceiro. Percebe-se a relevância em caracterizar o perfil sociodemográfico dessas mulheres como medida de reconhecimento dos fatores extrínsecos que influenciam no desenvolvimento dessa condição. Desse modo, será possível traçar as intervenções necessárias para reduzir os desfechos desfavoráveis durante a gestação e o parto.