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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ENFERMAGEM ANTIMANICOMIAL: ARTETERAPIA COMO MODALIDADE TERAPÊUTICA - EMOÇÕES, HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
Relatoria:
THAYNÁ GABRIELE PINTO OLIVEIRA
Autores:
  • Deliane Silva de Souza
  • Emily Manuelli Mendonça Sena
  • Mario Antônio Moraes Vieira
  • Maria Selma Carvalho Frota Duarte
  • Rayssa da Silva Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Por um longo período o modelo de atenção ao padecente de transtorno mental foi predominante asilar e opressor, o qual baseava-se em um tratamento de isolamento, insticionalização e outras práticas brutais. A assistência de enfermagem dentro do contexto asilar era baseada apenas na punição e vigilância do paciente. As pessoas em sofrimento psíquico não podiam expressar suas emoções, tinham suas identidades anuladas.  Com o movimento da Reforma Psiquiátrica por volta da década de 70, modificações políticas fomentaram um novo modelo de atenção em saúde mental, assim praticas integrativas na assistência foram implementadas. A partir dessa ótica antimanicomial, a enfermagem desempenha um papel diferente atualmente, uma vez que atua na promoção, prevenção e recuperação da saúde do paciente, através de métodos terapêuticos não tradicionais como a arteterapia. OBJETIVO: Relatar a experiência dos residentes de enfermagem em Saúde Mental da Universidade do Estado do Pará frente ao protagonismo da enfermagem antimanicomial durante o manejo da arteterapia como terapêutica para o resgate de histórias e memórias. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, acerca da arteterapia como terapêutica realizada por residentes de enfermagem em Saúde Mental, em junho de 2022, em um Hospital Geral com Clinica Psiquiatrica. RESULTADOS: A proposta da arteterapia foi desenvolvida em três fases, a organizacional, que consistiu na seleção de materiais (tinta guache, pinceis e papel sulfite); organização da sala e criação do grupo aberto de  pacientes (esquizofrenia e bipolaridade) com 8 pacientes (sexo feminino) que aceitaram participar; a fase operacional, onde foi realizado o acolhimento dos pacientes na sala e  uma sessão (duas horas) de arteterapia com distribuição dos materiais e as seguintes diretivas: “Você sente saudade do que? ” e “Como você está hoje?”; e o Feedback, as pinturas representaram a família/filhos, amigos, residências, flores, pôr do sol e expressões de humor feliz/triste. CONCLUSÃO: Conclui-se que a arteterapia como terapêutica subsidiou a expressão das funções psíquicas afeto/humor e memória, pois as pacientes demonstram um estado de afetação resgate de histórias/memórias do processo de individuação. Destarte, minimizou o estado de inquietação permitindo a construção de espaço de escuta qualificada e vinculo interpessoal entre residentes-pacientes.