INTRODUÇÃO: A parestesia é definida pela literatura como um sintoma e não como uma doença em que o paciente relata sensação de dormência e formigamento em uma determinada parte do corpo decorrente da perda de sensibilidade de um nervo. OBJETIVO: Apresentar caso de gestante com quadro de parestesia hemicorpo direito. MÉTODO: Relato de caso, realizado em maternidade de referência do estado do Ceará, em junho de 2022, com uma paciente com quadro de parestesia de hemicorpo direito. Os dados foram coletados diretamente no prontuário. Foram respeitados os princípios éticos de acordo com a resolução 466/2012, sendo aprovado pelo comitê de ética sob protocolo: 1.899.089. RESULTADOS: K. S. L., 25 anos, G2P1A0, IG: 33S, procurou o serviço de saúde relatando dormência em lado direito do corpo após episódios de síncope com perda total da consciência, associado a vômitos e cefaleia frontal de intensidade 7/10, sem melhora ao uso de analgésicos. Realizado eletrocardiograma, tomografia de crânio com presença de imagem ovulada hipoatenuante na substância branca do centro semioval direito medindo cerca de 1,1 cm de natureza indeterminada, além de outros exames complementares. Apresenta dificuldade de marcha por conta da parestesia. Negou sintomas visuais. Relatou histórico de Acidente Vascular Encefálico na família e história de depressão na gestação anterior. A paciente foi acompanhada pela equipe multiprofissional necessitando de um olhar diferenciado pela equipe de enfermagem frente a sua limitação física e emocional. Desta forma, a equipe trabalhou no sentido de auxiliar nos cuidados básicos como higiene e locomoção, assim como na promoção e estímulo ao autocuidado. A escuta qualificada foi ofertada de modo integral pautado no acolhimento e na compreensão de suas dimensões psicossociais, a partir da superação da fragmentação dos olhares e intervenções profissionais, proporcionando dessa forma, melhora da qualidade de vida. Posteriormente, a mesma foi avaliada pelo neurologista e encaminhada para um hospital especializado, viabilizando a integralidade da assistência. CONCLUSÃO: Diante desse caso, fica nítida a importância de uma abordagem multiprofissional para melhor desfecho, condução do caso e promoção da qualidade de vida. Vale salientar também a importância da enfermagem não só na assistência direta à paciente como também no apoio psicossocial para evitar possíveis complicações durante a gravidez.