INTRODUÇÃO: Melhorar a transição para os cuidados domiciliares é fundamental, visto que de um a cinco RNPT sem complicações significativas têm elevados custos pós-alta e alto grau de dependência quando comparados aos nascido a termo. OBJETIVO: mapear as evidências científicas sobre os cuidados ao recém-nascido pré-termo realizados por cuidadores no domicilio. MÉTODO: revisão de escopo, conduzida segundo as diretrizes propostas pelo Instituto Joanna Briggs (JBI) e a Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extensions for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). Foi utilizado o acrômio PCC (Population, Concept, and Context), que corresponde a P - cuidadores; C - Cuidado ao recém-nascido prematuro e C – domicilio, definindo assim a pergunta norteadora: “Quais são as evidências científicas sobre os cuidados ao recém-nascido prematuro realizados por cuidadores no domicilio?As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed/MEDLINE, CINAHL, Web of Science, BVS, LILACS, Scopus e literatura cinzent. Dois revisores independentes realizaram a triagem, extração dos dados, análise do material e sumarização do conteúdo. Foram incluídos estudos originais de método quantitativo ou qualitativo, publicados até outubro de 2021, sem delimitação temporal e de idioma, bem como literatura a cinzenta. Estudos com amostras mistas de pais e profissionais de saúde foram incluídos quando os dados e os resultados sobre os pais puderam ser diferenciados daqueles de participantes inelegíveis. RESULTADOS: a busca nas bases de dados identificou 920 registros que resultou numa amostra de 18 artigos incluídos, os quais estão apresentados em categorias conceituais: (1) cuidados com recém-nascido pré-termo por cuidadores no domicilio, que corresponde aos tipos de cuidados relacionados ao banho, higienização, troca de fraldas, alimentação, prevenção de infecção, integridade da pele, manutenção da temperatura, acompanhamento no serviço de saúde, choro, sono e repouso; e (2) necessidades acerca dos cuidadores de recém-nascido pré-termo no domicilio, que correspondem às necessidades de informação, apoio, segurança, autonomia e acompanhamento da equipe. CONCLUSÃO: Fragilidades no processo da alta hospitalar, no seguimento do recém-nascido pré-termo e no apoio para os cuidados domiciliares foram evidentes nesta revisão. Estudos acerca de cuidados domiciliares com recém-nascido pré-termo desenvolvidos por cuidadores ainda são incipientes.