O câncer cervical, também conhecido como câncer de colo do útero, ocupa o terceiro lugar entre os tumores malignos mais frequente entre as mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma, sendo a quarta causa de morte na população feminina brasileira. O objetivo do estudo é relatar a experiência como residente de enfermagem obstétrica na realização de uma atividade de educação em saúde sobre a prevenção do câncer de colo do útero na atenção básica. Trata-se de um relato de experiência de uma ação desenvolvida sobre prevenção do câncer de colo uterino realizada durante o mês de julho de 2021, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) campo de estágio da residência uniprofissional em enfermagem obstétrica, tendo como público alvo profissionais e estudantes do curso de odontologia que atuam como integrantes da Estratégia de Saúde da Família, na cidade de Fortaleza-CE. Em cerca de uma hora de atividade, foram explanados tópicos da temática como caracterização da doença, questões epidemiológicas, transmissão, a importância do exame de Papanicolau, juntamente com a demonstração prática da técnica de coleta, público alvo para o exame, orientações pré-coleta, periodicidade e fluxos de atendimento. Além disso, também foram sanadas dúvidas comuns ouvidas pelos participantes em visita domiciliares, assim como ressaltada a importância de métodos para a prevenção da doença como a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). A Estratégia Saúde da Família (ESF) propõe à reorganização da atenção básica no Brasil, tendo como ponto importante o desenvolvimento de atividades por meio de uma equipe multiprofissional, no intuito de proporcionar à população uma melhor qualidade nas ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, a níveis individual e coletivo. Atuar como facilitador sobre temáticas de tamanha relevância no âmbito de saúde da mulher, portanto, nos permite aumentar a percepção da importância de proporcionar atividades que permitam aos demais profissionais da equipe de saúde o conhecimento acerca de informações, que muitas vezes vão além do atribuído ao longo de suas formações, para o fortalecimento da capacidade dos mesmos na atuação como agentes de mudança na morbimortalidade brasileira atribuída ao câncer de colo do útero.