O Centro de Memória da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (CEMENF) atua, desde 2006, junto à Rede de Museus da UFMG na preservação da história e memória da Escola. Com a pandemia da COVID-19, tanto as atividades presenciais como as visitas guiadas ao CEMENF foram interrompidas. Sendo assim, algumas estratégias foram utilizadas para que o museu seguisse cumprindo seu papel social, dentre elas: Capacitações Virtuais em História da Enfermagem, visitas guiadas virtuais, utilização do perfil do museu no Instagram e do espaço no canal no Youtube da EEUFMG para socialização de conteúdos acerca da história da enfermagem. Neste sentindo, o estudo tem como objetivo compreender o alcance de público da comunicação midiática do Centro de Memória da Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa documental, qualitativa em que foram utilizadas listas de presenças entre janeiro de 2019 a março de 2020 dos participantes do projeto de extensão “Visita Guiada: o CEMENF de Portas Abertas”; na modalidade presencial e, de janeiro a novembro de 2021, período da pandemia de COVID-19, na modalidade virtual; alcances da página do Instagram @ufmgcemenf – criado em 31 de março de 2019 e do espaço no canal no YouTube da Escola de Enfermagem – cedido em 19 de maio de 2021, no período do início de sua utilização até dezembro de 2021. O museu recebeu mais de 2700 visitantes entre janeiro de 2019 e novembro de 2021, obteve 5816 visualizações em 19 vídeos postados no Youtube entre maio e dezembro de 2021 e 1350 visualizações em 19 vídeos postados no Instagram entre agosto e novembro de 2021. Em relação ao perfil dos visitantes que realizaram o agendamento das visitas, observou-se que os indivíduos solicitantes eram predominantemente do sexo feminino e exclusivamente de munícipios do estado de Minas Gerais no período em que as visitas eram realizadas apenas presencialmente. Já no período virtual, os agendamentos foram realizados majoritariamente por docentes do sexo feminino habitantes de inúmeros estados brasileiros. Logo, o ciberespaço pode se configurar como importante ferramenta potencializadora no que tange a socialização de cultura e conhecimento em saúde e abre oportunidades de diálogo, corroborando com a construção da inteligência coletiva conforme proposto por Pierre Lévy.