Introdução: O aumento da expectativa de vida populacional e da incidência de doenças crônico-degenerativas, corrobora para que muitos pacientes necessitem de cuidados paliativos. Desse modo, é importante que sejam implantadas nos serviços de saúde estratégias de conforto para esses pacientes. Assim, a hipodermóclise é uma técnica pouco invasiva que possibilita a reposição hidroeletrolítica e/ou terapia medicamentosa de alguns fármacos, quando há impossibilidade de administração oral e dificuldades de acesso venoso. Objetivo: Relatar a experiência do uso da hipodermoclise nos cuidados de enfermagem prestados ao paciente idoso em cuidados paliativos. Metodologia: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, desenvolvido com os pacientes idosos hospitalizados em uma unidade de internação clínica de um Hospital de Ensino de João Pessoa/PB. Resultados: O uso da hipodermóclise nos idosos da unidade de internação foi prescrito pelo médico geriatra e executado pelos enfermeiros que possuem experiência em utilizar essa via como alternativa para administração de medicamentos. As principais indicações para a sua utilização nos idosos internados foram a prevenção da desidratação moderada, a impossibilidade de ingestão por via oral devido estado geral e nível de consciência, além da dificuldade de punção e manutenção de um acesso venoso periférico. Os sítios de punção comumente escolhidos pelos enfermeiros foram abdome e anterolateral da coxa para infusão de maiores volumes nas vinte e quatro horas (1000 a 1500ml, respectivamente), já para infusões até 250ml/24horas as regiões mais utilizadas foram a escapular e deltoidea. O material de escolha usado para a punção foi o cateter não agulhado, por permitir maior tempo de uso, reduzindo o número de procedimentos nos pacientes. Os medicamentos frequentemente administrados por essa via foram: eletrólitos, alguns antibióticos permitidos, ondansetrona (de forma lenta), dipirona, escopolamina, haloperidol, morfina e furosemida. O gotejamento das soluções foi controlado por meio de bomba de infusão contínua e a permanência do cateter não agulhado foi de até 72 horas. Conclusão: Portanto, a utilização da hipodermóclise em pacientes idosos em cuidados paliativos, tem sido considerada exitosa na unidade de internação clínica por ser uma via segura, pouco dolorosa, efetiva e de baixo custo, minimizando o risco de infecções, promovendo conforto e alívio da dor.