Introdução: As feridas diabéticas são uma das sequelas de grande importância da Diabetes Mellitus, e por muitas das vezes os pacientes são idosos, residindo distante dos serviços especializados e com família restrita. A telemedicina pode ser uma via eficaz para o gerenciamento do tratamento de feridas diabéticas, diminuindo o número de consultas, e trazendo um manejo prático para os pacientes nos cuidados das úlceras de pé relacionadas ao diabetes em seu próprio domicílio. Objetivo: Verificar na literatura aplicabilidade da telemedicina para pacientes com feridas diabéticas. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada nas bases eletrônicas de dados: EMBASE; PubMed; Web of Science e Cochrane Library, utilizando uma estratégia de busca combinando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS)/Medical Subject Headings (MeSH): telemedicine, telereabilitación, diabetic foot, diabetic ulcer, diabetic complication; com os operadores booleanos: AND e OR e extratores de busca: ti,ab,kw. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2018 a 2022, na língua inglesa ou portuguesa, e excluindo estudos de revisão e estudos pilotos. Resultados: Foram encontrados 153 artigos e 147 foram eliminados, sendo 23 duplicados, 42 artigos de revisão, 1 incompleto e 83 estudos pilotos ou protótipos, sendo incluídos 6 artigos para esta revisão. A comparação entre o acompanhamento por telemedicina e o atendimento ambulatorial padrão apresentaram resultados idênticos, semelhantes ou melhores, quando correlacionado ao tempo de cicatrização, amputações, sensação reduzida de dor, sofrimento emocional e bem-estar. Os atendimentos via aplicativo foram os mais utilizados, principalmente para a orientação do enfermeiro ao paciente, sistemas web on-line também foram aplicados para o enfermeiro da Unidade Básica de Saúde receber feedbacks e orientações de profissionais especializados sobre que os cuidados a serem prestados. A usabilidade dos aplicativos móveis foi de fácil acesso e manuseio para os pacientes, com custo e benefício acessíveis comparados ao atendimento presencial. Além disso, aplicativos que calculam a superfície da ferida, profundidade, medida e classificam o tipo de tecido presente facilita o acompanhamento e a tomada de decisões para os cuidados. Conclusão: A telemedicina é eficaz tanto quanto o atendimento presencial para o acompanhamento, orientação e tomada de decisões para manuseio de ulceras diabéticas.