INTRODUÇÃO: Recém-nascidos pré-termos (RNPT) internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) recebem cerca de 130 a 234 manipulações nas 24 horas, sendo a maior parte dessas manipulações dolorosas. Além disso, ao ser internado em uma UTIN, o RNPT adentra num ambiente totalmente diferente do útero materno. Os ruídos sonoros são altos e as luzes fortes e contínuas; a ação da gravidade impede seus movimentos e passa a ser excessiva, além de ser imprevisivelmente manuseado, muitas vezes, sem o cuidado adequado para diminuição do estresse e da dor. OBJETIVO: Descrever as evidências científicas acerca da prevenção e manejo não-farmacológico da dor ao RNPT. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, realizada no período de setembro a dezembro de 2019. Foram selecionados 11 artigos publicados no período de 2013 a 2019 utilizando o método PRISMA. RESULTADOS: O manejo da dor no período neonatal deve ser baseado na identificação acurada da presença de dor. A assistência ao RNPT deve ser orientada para a utilização de intervenções que minimizem a intensidade e duração do estímulo doloroso, ajudando o neonato a recuperar-se e reorganizar-se dessa experiência estressante. O uso isolado ou combinado de métodos não farmacológicos, bem como sua eficácia em procedimentos dolorosos, estão relacionados a uma resposta significativa no controle da dor, mudança comportamental positiva do RNPT e melhora dos sinais vitais, sugerindo, dessa forma, a boa eficácia do método. CONCLUSÃO: As evidências científicas revelam que o uso de métodos não-farmacológicos, como soluções adocicadas, amamentação, contato pele a pele, a contenção gentil e manuseio agrupado tem eficácia para a promoção do alívio da dor e prevenção de complicações como alterações fisiológicas e comportamentais de RNPT internados em UTIN, que necessitam de procedimentos dolorosos.