Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
SERVIÇO DE URGÊNCIA E A DEMANDA NÃO PERTINENTE
Relatoria:
Claudia Maria Silva Cyrino
Autores:
- Karine Silva Pinheiro
- Meire Cristina Novelli e Castro
- Carmen Maria Casquel Monti Juliani
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: A Rede de Atenção às Urgências foi instituída em 2011 com o objetivo de reorganizar a atenção em saúde à paciente que sofre um agravo urgente. No entanto, contrapondo à essa organização, tem-se visto a utilização de serviços de saúde de alta densidade tecnológica, por pacientes com demandas que poderiam ser resolvidas em serviços de outros níveis de assistência. Como consequência, vê-se a sobrecarga do trabalho da equipe, assistência não-qualificada, descontinuidade dos cuidados na Rede de Atenção e prejuízos financeiros ao sistema de saúde. Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes caracterizados como “pouco urgentes” e “não urgentes” em um serviço de urgência. Método: Tratam-se de resultados parciais de uma pesquisa de delineamento retrospectivo, quantitativo e descritivo realizado com pacientes adultos que procuraram atendimento no Pronto Socorro de Adultos, do interior de São Paulo, no primeiro semestre de 2022 e tiveram a classificação de risco como “pouco urgente” e “não urgente”. Os dados foram compilados em planilhas de programa Excel® e os resultados parciais apresentados de forma descritiva. O projeto passou por apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa local e obteve parecer favorável nº 5.466.719. Resultados: No primeiro semestre de 2022 foram atendidos no Pronto Socorro Adulto 41.104 pacientes. Destes, 81% foram classificados como “pouco urgente” e 18% como “não urgente”. Majoritariamente, procuraram o serviço de urgência pacientes do sexo feminino (55,3%) em relação ao pacientes do sexo masculino (44,6%) e a idade média de 62 anos (18 a 106). O principal desfecho foi a alta após consulta (39,5%), seguido da alta após a medicação (30,6%), 2,8% dos pacientes foram encaminhados ao ambulatório de especialidades e 2,3% evadiram-se do local antes da alta médica. Do total de pacientes classificados como “não urgente” 38,6% foram redirecionados para atendimento em unidades básicas de saúde. Conclusão: Identifica-se uma grande demanda de pacientes que buscam atendimento no serviço de urgência e são classificados como “pouco urgentes”. Evidencia-se um atendimento pontual com desfecho rápido, assim como, a busca por redirecionamento dos fluxos aos demais serviços da Rede. Esse estudo torna-se importante para o planejamento das ações, melhora da comunicação entre os serviços de saúde, reorganização dos fluxos, no sentido de atender o ser humano de maneira humanizada, qualificada e resolutiva.