Introdução: A infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 é potencialmente grave, de alta transmissibilidade e magnitude global. Descoberta na cidade de Wuhan, China, em dezembro de 2019. No Brasil, a transmissão comunitária do vírus foi declarada em março de 2020, como Doença pelo Coronavírus 2019 (Covid 19). Sua transmissão ocorre por contato, gotículas ou aerossóis. No território nacional não era considerada a ocupação dos infectados na ficha de notificação da síndrome gripal por Covid-19, esta inclusão foi feita posteriormente permitindo uma avaliação o cenário de disseminação da doença e seus desfechos, associados à exposição ocupacional. Objetivos: Descrever o cenário epidemiológico da Covid 19 entre profissionais de um hospital referência em doenças infecto parasitárias, do estado do Pará, no período de 2020 e 2021. Metodologia: Estudo descritivo realizado a partir do banco de dados do núcleo de vigilância epidemiológica hospitalar de um hospital de referência em doenças infecto contagiosas no estado do Pará. Nesse banco são inseridas as informações contidas na ficha de notificação compulsória de todo profissional com SG suspeito de Doença pelo Coronavírus pertencente ao quadro do hospital. Resultados: Durante esse período foram confirmados 1608 casos da doença em profissionais da instituição, sendo 1181 do sexo feminino e 427 do sexo masculino. No mês de maio/2020 ocorreu o maior número de casos, foram notificados 38% (614) do total de casos de 2020 e 2021. Dentre os profissionais mais acometidos pelo vírus estão Técnicos de enfermagem com 22% (356), seguidos por enfermeiros com 12% (192), administrativos com 11,25% (181) casos e médicos com 10,8% (174). Quanto ao tipo de alta, tivemos 12 altas hospitalares, 02 óbitos e 1593 foram atendimento ambulatorial. Considerações finais: Observa-se que o sexo mais acometido foi o feminino, assim como em outros estudos no Brasil. Evidencia-se que os profissionais expostos diretamente ao atendimento da população são os mais suscetíveis à contaminação pela Covid 19, como técnicos de enfermagem e enfermeiros. A taxa de letalidade, 0,12% foi menor comparada a outros estudos. Ressalta-se que algumas pesquisas citam a participação em capacitações, uso de EPI’s e a higienização das mãos como barreira importante no combate à pandemia entre os profissionais.