INTRODUÇÃO: A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) conceitua-se como a utilização de medicações antirretrovirais (ARV) com objetivo de reduzir o risco de infecção pelo HIV em populações-chave (BRASIL, 2018). No combate a epidemia de HIV/AIDS, a PrEP entra como estratégia para mitigar estigmas, vulnerabilidades e a transmissão do HIV. OBJETIVO: Traçar o perfil do público que se cadastrou para (PrEP) no Amapá. MÉTODOS: Esta pesquisa se caracteriza como descritiva e abordagem quantitativa, as informações utilizadas são oriundas do Serviço de Atenção Especializada de Macapá/AP. RESULTADOS: Atualmente a PrEP no Amapá conta com 227 usuários cadastrados até o mês 06/2022, que foi o ano com maior número de admissões, sendo 91 (40,1%) somente no seu primeiro trimestre quando se intensificou a divulgação do serviço por meio das redes de sociais. Os anos anteriores tiveram, respectivamente, em 2021 73 adesões (32,1%), em 2020 21 adesões (9,20%), em 2019 23 adesões (10,1%) e em 2018 16 adesões (7,04%). Destes, 84,1% são do sexo masculino, 48,9% com idade entre 21 a 30 anos, 36% com Ensino Superior completo, 36,6% solteiros, 39,6% homossexuais. E sobre o local de residência, 86,3% são da capital do Estado, único município onde a PrEP está implantada. Na análise de aspectos assistenciais da PrEP, dos 227 usuários, apenas 41% estão com a medicação em dia, por outro lado 22,5% nunca compareceram a consulta, e outros 59% estão em abandono a mais de 30 dias. O valor da moda com relação aos dias de adesão foram 29 dias. Ainda foi levantado dados sobre infecções associadas, 14,1% tiveram teste reagente para Sífilis e apenas 1 0,44% apresentaram teste reagente para HIV. CONCLUSÃO: A PrEP se mostra como um programa novo, ainda desconhecido pela maior parte da população, principalmente pelas populações-chave de risco a exposição ao HIV. Considerando o contexto do Estado do Amapá, se faz necessário a descentralização e interiorização da oferta do serviço, a divulgação e educação para mulheres e populações-chave, além do esclarecimento e acompanhamento dos usuários cadastrados para entender suas principais dificuldades com relação a adesão permanente a PrEP, assim como um maior risco de exposição a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.