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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
“SILENCIANDO A ENFERMAGEM NA CENA DE PARTO?”: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COMO PILAR DA ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL
Relatoria:
Gildiana Ferreira de Carvalho
Autores:
  • Nicolle Teixeira de Matos
  • Alice Alves Tibúrcio
  • Graziela de Almeida
  • Camila Almeida Neves de Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A assistência materno-infantil ainda é marcada por um modelo de atenção hospitalocêntrico e médico-centrado, com práticas predominantemente intervencionistas, que potencializam o aumento dos indicadores de morbimortalidade materna e infantil. Em 4 de abril de 2022, foi publicada a portaria Nº 715, instituindo a Rede de Atenção Materna e Infantil (RAMI) que substitui a Rede Cegonha, a política pública responsável por garantir os direitos das mulheres e uma assistência humanizada em todo o seu ciclo de vida. A nova portaria exclui a atuação da enfermagem, fator essencial para a humanização, qualidade e segurança da assistência ofertada à mulher. Objetivos: Evidenciar a importância da assistência de enfermagem no âmbito da atenção materno-infantil, mediante implementação de práticas baseadas em evidências. Metodologia: Estudo do tipo revisão narrativa, mediante busca na Biblioteca Virtual de Saúde durante o mês de julho de 2022. Utilizaram-se os descritores “atenção materno infantil” e “enfermagem”, por meio do operador booleano AND, contabilizando 1.242 artigos. O filtro selecionado foi idioma português e assunto principal (enfermagem obstétrica), contabilizando 55 publicações, após leitura crítica foram selecionados 7 artigos que atendem o objetivo do estudo. Resultados: Evidenciou-se que a presença da enfermagem garante a qualidade da atenção e valoriza a mulher, por meio do acolhimento e criação de vínculo. A enfermagem promove práticas educativas relacionadas à educação em saúde com orientações relacionadas ao autocuidado, cuidado com o bebê, empoderamento e autonomia materna. No processo de parturição, a enfermagem obstétrica proporciona um modelo de assistência que considera o protagonismo da mulher, colaborando com a diminuição das práticas intervencionistas como a diminuição de episiotomias, partos em posição litotômica, uso inadequado de ocitocina, manobra de kristeller, entre outras práticas que fortalecem a violência obstétrica. Nas práticas assistenciais são utilizados métodos não-farmacológicos e práticas integrativas, embasados cientificamente, que reforçam a naturalização dos processos fisiológicos da parturição. Conclusão: A assistência prestada pela enfermagem influencia positivamente na qualidade da atenção às mulheres, por meio de um cuidado singular, sistematizado e integrado, ao primar pela humanização da atenção em um momento sublime da vida e formação de uma nova família.