Introdução: As unidades de terapia intensiva (UTI) são locais onde mantém-se o cuidado a pacientes graves, ofertando-se monitoramento contínuo, tratamentos e procedimentos complexos, visando a recuperação dos indivíduos. Indicadores da OMS, apontam um aumento nos números de violência urbana, acidentes de trânsito e quedas no pais, consequentemente, a demanda por atendimentos nos hospitais e os índices de internação em unidades de terapia intensiva do trauma, crescem constantemente. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas por uma acadêmica de enfermagem na rotina de uma unidade de terapia intensiva do trauma. Metodologia: Relato de experiência de uma acadêmica de enfermagem, da disciplina Estágio Supervisionado II, em uma UTI trauma de um Hospital de Porto Alegre, no período de março a junho de 2022. Resultados: A unidade de terapia intensiva está localizada no municipio de Porto Alegre, composta por dez leitos, sendo que, dois destes, são priorizados para pacientes em isolamento. Os pacientes internados nesta unidade são vítimas de agressão, ferimentos a arma de fogo ou arma branca, tentativas de suicídio, acidentes de trânsito e acidentes em geral. Nesta unidade, há grande autonomia por parte dos profissionais enfermeiros, eles possuem uma rotina extremamente estruturada desde a admissão do paciente na unidade até a alta. Os acadêmicos de enfermagem obtêm autonomia ao longo do estágio, realizando procedimentos e tomando decisões, mas sempre com o respaldo do enfermeiro do setor. Um local com muitas oportunidades de aprendizado, sendo possível realizar diversos procedimentos, como sondagens vesicais, sondagens nasogástricas e nasoentéricas, acesso venosos periféricos, trocas de sistemas e ajustes de linhas arteriais, troca de curativos. Houve discussão de casos clínicos em round nas trocas de plantões e treinamentos com cursos voltados ao trauma, proporcionando a acadêmica desenvolvimento de raciocínio clínico e aperfeiçoamento da prática assistencial. Contudo, foi possível visualizar também, alguns obstáculos durante a rotina no setor, como por exemplo, a quantidade reduzida de funcionários nas escalas, o que gera sobrecarga de trabalho e prejudica a assistência. Conclusão: O campo de estágio escolhido foi fundamental no desenvolvimento da acadêmica, proporcionando competências de gestão e de assistência. Sendo possível a consolidação do conhecimento, a compreensão da dinâmica da UTI e a importância do profissional enfermeiro na terapia intensiva.