Introdução: A violência obstétrica (VO), ainda é denunciada pelas mulheres em diversos países do mundo. O termo tem sido utilizado para distinguir experiências em que as mulheres se sentiram invadidas, desrespeitadas e/ou alienadas do próprio corpo. Objetivos: Identificar e analisar na literatura a produção científica acerca da violência obstétrica no contexto do parto e nascimento. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura e utilizou a questão PICo: “Qual a produção científica da Enfermagem sobre violência obstétrica no cenário de parto e nascimento foram publicadas no período de 2017 a 2021? Resultados: Foram identificados um total de 239 resumos. Após a leitura desses títulos, resumo, palavras-chave, foram pré-selecionados 214 publicações, dos quais 58 atendiam ao objetivo do estudo. Contudo, 50 foram excluídas por duplicidade e/ou não atenderem aos critérios de inclusão. Deste quantitativo, resultaram 8 artigos dos quais: 4 da LILACS, 3 BDENF e 01 Scielo, os quais foram lidos na íntegra, visto que atendiam ao questionamento inicial do estudo e contemplaram a análise interpretativa. Todos os oito estudos apresentaram violência obstétrica. Os artigos abordaram a dificuldade dos enfermeiros em algumas situações na condução do trabalho de parto frente à hegemonia médica, e o conhecimento destes sobre violência obstétrica e suas repercussões para a mulher; o desconhecimento de algumas mulheres sobre a VO e os fatores que podem influenciar a sua ocorrência; a importância das mulheres receberem informações sobre a violência obstétrica durante a gestação nas consultas de pré-natal. Conclusão: A Violência Obstétrica é um grave problema de violação dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos das mulheres. Fatores podem influenciar a sua ocorrência, como: enfraquecimento da enfermagem obstétrica devido a hegemonia médica e a falta de autonomia, a falta de informações fornecidas às mulheres sobre seus direitos e o que compõe a violência obstétrica, durante o período de pré-natal, a falta de informações durante o período pré-parto, parto e puerpério. Assim sendo, a enfermagem obstétrica desempenha um importante papel para prevenir a ocorrência deste tipo de situação, assegurando na redução de procedimentos invasivos, orientando e esclarecendo à mulher acerca das temáticas que envolvem o parto e nascimento, baseada na humanização e encorajando a autonomia da parturiente, instruindo a mesma na realização de denúncias de VO, caso vivencie.