A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) e a prematuridade são consideradas as principais causas de internações neonatais com uma taxa de 53,3 e 50,5% e constituem as causas mais prevalentes de morte de recém-nascidos. A etiologia está diretamente relacionada à imaturidade pulmonar, baixa produção de surfactante e retardo da remoção do líquido pulmonar fetal. Dito isto, a oxigenioterapia se faz necessário para reduzir os danos e desconforto causado pela referida síndrome, assim, cuidados devem ser implementados para impedir o surgimento de novas desordens. Objetiva analisar e descrever os pontos da assistência de enfermagem frente à síndrome do desconforto respiratório em recém-nascidos prematuros. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada em julho de 2022, nas bases de dados LILACS, PubMed e MEDLINE. Foram utilizados os DeCS: Cuidados de Enfermagem, Síndrome do Desconforto Respiratório e Recém-nascido, combinados com o operador booleano AND. Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos dos últimos cinco anos, completos disponíveis, em inglês e português. Após realizadas as buscas, identificou-se 216 referências, que após passar pela triagem e avaliação de elegibilidade resultou em 10 artigos. Foi evidenciado que os principais sinais da SDR são cianose, taquipnéia, batimento das aletas nasais, retrações torácicas e gemidos expiratórios e que o tratamento para SDR visa o recrutamento alveolar através do uso de ventilação por pressão positiva invasiva ou não invasiva, com uso de surfactante exógeno. Porém, as modalidades de oxigenioterapia requerem um olhar crítico e monitorização contínua, pois se forem utilizadas de forma prolongada e sem critérios, podem resultar em efeitos iatrogênicos afetando estruturas nasais, pulmonares, cerebrais, oculares e até mesmo a morte. Por isso, alguns pontos da assistência devem ser realizados para reduzir as complicações como realização dos cuidados de forma agrupada, ajustes nos parâmetros do ventilador mecânico, posicionamento adequado do recém-nascido, aspiração das vias aéreas, uso de coberturas para fixação do sistema, administração de surfactante e monitoração do estado nutricional do neonato. Portanto, a presença da SDR requer que os profissionais de enfermagem estejam aptos e atentos para intervir frente às necessidades e riscos manifestados pela disfunção pulmonar e ação deletéria do oxigênio, a fim de prevenir possíveis danos e prestar assistência qualificada aos recém-nascidos prematuros.